Depois, virá o fim, quando tiver
entregado o Reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo império e
toda potestade e força.
Compreender a diferença entre Reino de Deus e Império das Trevas é a chave para entender o caos que o mundo vive deste a queda de Adão.
Os termos reino e império são muitas vezes empregados
como sinônimos, representando os domínios de um soberano, mas isto não é totalmente
correto.
Há uma grande diferença entre estes
termos, referente ao tipo de domínio exercido, ou seja, um se refere ao domínio de direito de um soberano sobre o povo de determinada área, que é o Reino, já o
Império não é um domínio de direito, mas sim um domínio conquistado pela força ou outras circunstancias.
Veja este texto da Revista Superinteressante:
A questão da extensão territorial é relevante, mas talvez a
diferença mais importante entre os dois conceitos seja outra: o rei governa seu
próprio povo, enquanto o imperador é soberano de outros povos, conquistados não
só pela força, mas também pelo poder econômico ou pela eficiência diplomática.
Um bom exemplo para diferenciar os dois conceitos é o do reino
inglês.
Com a conquista de territórios fora da Grã-Bretanha a partir do
século 16, ele passaria a ser chamado de Império Britânico. Isso até perder
quase todas as suas últimas colônias no século 20 e voltar a ser apenas um
reino.
Leia mais em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/qual-a-diferenca-entre-imperio-e-reino/
Esta é a ideia que o Apóstolo Paulo apresenta no texto do
início desta reflexão e também no seguinte:
Ele nos tirou da potestade
das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor,
Colossenses 1:13
Desde o início, o Diabo usa o
engano, falsidade e mentira para manter e expandir o seu domínio usurpado de
Deus lá no Jardim do Éden, quando veio à tona o desejo humano de ser
independente de Deus e conhecer o bem e o mal.
Após ser lançado fora do Jardim, o
homem começou sua luta para se aproximar novamente de Deus, através de ofertas
e sacrifícios, mas novamente o Diabo plantou o erro e fundou a Religiosidade
através da oferta de Caim.
Após a morte de Abel, nasceu Sete e
este reiniciou a linhagem dos que buscam a Deus em obediência, em oposição à
linhagem de Caim, que continuou a desenvolver a religiosidade e buscava agradar
o próprio ventre.
Com o passar do tempo, a religiosidade assumiu o
controle e se transformou em egocentrismo extremo, gerando o mal extremo e
então foi se expandindo e se adaptando, até ao ponto de Deus intervir.
E viu o Senhor que a maldade do homem se
multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração
era só má continuamente.
Gênesis 6:5
Com isto, veio Noé, da
linhagem de Sete, e o dilúvio aniquilou a corrupção humana.
Só que não
Após o
dilúvio, Deus nos dá a entender que o homem continuaria corrompido até o fim,
pois sabemos que o Plano de Salvação não era a Arca de Noé, mas a Arca de Deus
criada em Cristo, que é a Igreja.
Veja a declaração
de Deus:
E o Senhor cheirou o
suave cheiro e disse o Senhor em seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a
terra por causa do homem, porque a imaginação do coração do homem é má desde
a sua meninice; nem tornarei mais a ferir todo vivente, como fiz.
Enquanto a terra durar,
sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não
cessarão.
E também não
cessará luz e trevas, verdade e mentira, até que se cumpra o que Paulo disse no
verso chave desta reflexão:
Depois, virá o fim, quando tiver
entregado o Reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo império e
toda potestade e força.
A causa de a
imaginação do homem ser má desde a sua meninice é a falsidade plantada pelo Diabo
e que foi herdade por toda a humanidade.
A primeira
manifestação desta falsidade foi o ato religioso egocêntrico de Caim e esta
religiosidade nunca cessou, mas cresceu e se adaptou, corrompendo todas as gerações
futuras.
Todos os
povos da Terra têm suas próprias formas de religiosidade, buscando seus próprios
deuses da maneira que mais lhes agradam, e isto é chamado de “diversidade
cultural”.
A linhagem de Sete busca a cultura do
Reino,
e a linhagem de Caim busca a
diversidade cultural do Império
Foi neste
quadro caótico que nasceu Jesus, o segundo Adão, que encerraria a cultura de
sacrifícios da linhagem de Sete, pois esta estava totalmente misturada com a diversidade
cultural das ofertas de Caim.
O
Rei dos reis veio para bater de frente com o Império das trevas e começou a
batalha exatamente trazendo uma forma pura e simples de o homem se achegar a
Deus:
Disse-lhe Jesus: Eu sou
o caminho, e a verdade, e a vida.
Ninguém vem ao Pai
senão por mim.
O Rei decretou
o fim dos sacrifícios e da religiosidade, centralizando toda a busca no amor a
Deus e ao próximo. Esta seria a nova Lei que aproximaria o homem de Deus,
criador e criatura, sem intermediários e sem rituais.
Mestre, qual é o grande
mandamento da lei?
E Jesus disse-lhe:
Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de
todo o teu pensamento.
Este é o primeiro e
grande mandamento.
E o segundo, semelhante
a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Desses dois mandamentos
dependem toda a lei e os profetas.
A religião,
que é definida como a forma de ligação entre adoradores e divindades, passou a
ter outro significado, conforme Tiago nos diz:
A religião pura e
imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas
tribulações e guardar-se da corrupção do mundo.
A partir do
sacrifício do Cordeiro de Deus, toda a religiosidade passaria a fazer parte
exclusivamente do Império das Trevas:
Muitos séculos
antes, Deus já havia revelado esta realidade através do profeta Samuel:
Porém Samuel disse: Tem, porventura, o
Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à
palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender
melhor é do que a gordura de carneiros.
A Lei exigia sacrifícios e ofertas,
mas o princípio era sempre a obediência à vontade de Deus, mas os homens não
compreendiam isto e transformaram a Lei em rituais sem significado, segundo o
engano dos seus corações e expandindo o Império de Trevas.
O primeiro
Rei de Israel foi Saul, que abandonou o Reino de Deus e deu início a um império
particular, seguindo seus instintos e vontades.
Após Saul, Deus levantou a Davi, que
seria um Rei segundo o coração de Deus, ou seja, reinaria guiado pelo temor e
amor a Deus, expandindo o Reino de Deus entre os homens. Por isto Jesus é chamado
Filho de Davi. A obediência de Davi fez com que Deus lhe garantisse um reino
eterno, que seria cumprido pelo Rei dos Reis.
No nosso tempo, que é os tempos do
fim, a religiosidade impera até mesmo dentro da Igreja do Senhor Jesus, em
cumprimento das diversas profecias sobre os falsos pastores, líderes, mestres e
profetas.
A apostasia plantada dentro da Igreja
é o joio no meio do trigo, representado por pessoas que se aproveitam da fraqueza
de muitos para expandirem seus domínios.
Esta triste realidade nos mostra que
o desafio da Igreja de Jesus é não apenas pregar o evangelho aos que estão no
mundo, mas aos que estão em trevas, dentro e fora da Igreja.
O objetivo é combater o império das
trevas no mundo, assim como o Senhor nos enviou para fazer:
Portanto, ide, ensinai
todas as nações,
batizando-as em nome do
Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho
mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos
séculos. Amém!
Este é a pregação do Evangelho completo, do Pai que
prometeu a redenção através do Filho e do Espírito que é dado a todo aquele que
Ama e obedece à Palavra do Pai.
No princípio, era o
Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que
foi feito se fez.
Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens;
e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a
compreenderam.
João 1:1-5
Se me amardes, guardareis os meus
mandamentos.
E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para
que fique convosco para sempre,
o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque
não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará
em vós.
João 14:15-17
Nestes versos, o Apóstolo João nos
apresenta o Deus único, que habitou entre nós, revelou o Pai e, após
cumprir o sacrifício de redenção, voltou para habitar com todos aqueles que o
amam, para que, assim como estava com Adão no Princípio, esteja conosco hoje em
Espírito.
E ouvi uma grande voz no céu, que dizia:
Agora chegada está a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do
seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derribado,
o qual diante do nosso Deus os acusava de
dia e de noite.
E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram a sua vida até à morte.
Marcelo Tristão de Souza
Guamaré / 09/02/2021
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente aqui ...