Antes de tudo, recomendo que
se façam súplicas, orações, intercessões e ações de
graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade,
para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e
dignidade.
Isso é bom e agradável perante
Deus, nosso Salvador, que
deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade.
Pois há um só Deus e um só
mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus, o qual se entregou a si
mesmo como resgate por todos. Esse foi o testemunho dado em seu próprio tempo.
1Timóteo 2:1-6
Quando se fala em intercessão, logo
pensamos em oração, mas na verdade, intercessão é muito mais do que apenas
oração.
Oração é um modo de interceder, mas não
é a própria intercessão.
O versículo citado na imagem acima cita
4 coisas que deveriam ser o princípio do ministério de Timóteo:
Súplicas;
Orações;
Intercessões;
Ações de Graças.
Com este texto completo, do versículo 1
até o 6, o Apóstolo Paulo deixa uma grande lição do que significa Ministério.
Timóteo estava começando sua vida
ministerial, assumindo a responsabilidade de guiar uma comunidade inteira, que
passara um bom tempo aprendendo diretamente com o próprio Apóstolo Paulo.
A responsabilidade que foi delegada à
Timóteo era muito grande e difícil de ser executada:
Partindo eu para a Macedônia,
roguei-lhe que permanecesse em Éfeso para ordenar a certas pessoas que não mais
ensinem doutrinas falsas, e que deixem de dar atenção a mitos e genealogias
intermináveis, que causam controvérsias em vez de promoverem a obra de Deus,
que é pela fé.
1Timóteo 1:3-4
O novo ministro deveria mão apenas lidar com as pessoas que
ainda viviam dedicadas aos ídolos pagãos, mas deveria se preocupar
principalmente com a apostasia, que já causava grandes problemas desde o início
da Igreja.
É assustador observar que, antes mesmo da metade do primeiro
século de vida da Igreja, já existiam problemas doutrinários e se iniciavam as
divisões.
O que se segue é ainda mais perturbador. Compare o que Paulo
diz dos causadores de problemas daquela época, com os causadores atuais:
Alguns se desviaram dessas
coisas, voltando-se para discussões inúteis, querendo ser mestres da lei,
quando não compreendem nem o que dizem nem as coisas acerca das quais fazem
afirmações tão categóricas.
1Timóteo 1:6-7
Quando peço para comparar os antigos perturbadores com os
atuais, não pretendo que se tome atitudes contra estas pessoas, mas tenho em
mente a mesma intenção que Paulo:
O objetivo desta instrução é o
amor que procede de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé
sincera.
1Timóteo 1:5
Só para acentuar, a instrução era esta:
Antes de
tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças.
Os problemas daquela época e os atuais são causados pelo
mesmo fator:
Falta de conhecimento. Não digo conhecimento do texto
bíblico, pois os que causam os problemas geralmente são grandes conhecedores
das escrituras. O que falta é conhecimento do Espírito
da Verdade.
Será que com isso estamos
começando a nos recomendar a nós mesmos novamente? Será que precisamos, como
alguns, de cartas de recomendação para vocês ou da parte de vocês? Vocês mesmos
são a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos. Vocês
demonstram que são uma carta de Cristo, resultado do nosso ministério, escrita
não com tinta, mas com o Espírito
do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de corações humanos.
Tal é a confiança que temos
diante de Deus, por meio de Cristo.
Não que possamos reivindicar
qualquer coisa com base em nossos próprios méritos, mas a nossa capacidade vem
de Deus.
Ele nos capacitou para sermos
ministros de uma nova aliança, não
da letra, mas
do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica.
2Coríntios 3:1-6
Se correlacionarmos o texto de Timóteo com este de Coríntios,
aprenderemos que a motivação para as recomendações de Paulo são para que
Timóteo comece seu trabalho, de joelhos perante Deus, apresentando esta dura
tarefa de levar estas pessoas ao conhecimento da verdade. Esta tarefa deve
começar desta maneira, pois somente Deus pode transformar o coração dos homens.
Em outra carta, Paulo nos ensina até mesmo como devemos
realizar esta primeira etapa do ministério:
Por essa razão, ajoelho-me
diante do Pai, do qual recebe o nome toda a família nos céus e na terra. Oro para que, com as suas gloriosas riquezas,
ele os fortaleça no íntimo
do seu ser com poder, por meio do seu Espírito, para que Cristo habite no
coração de vocês mediante a fé; e oro para que, estando arraigados e
alicerçados em amor, vocês possam, juntamente com todos os santos, compreender
a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de
Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a
plenitude de Deus.
Àquele que é capaz de fazer
infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós, a ele
seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o
sempre! Amém!
Efésios 3:14-21
Desde meus primeiros dias na fé, amei tremendamente este
texto, mesmo não entendendo muito bem o que quer dizer. Ainda não entendo
totalmente mas, graças a Deus, tenho buscado me ajoelhar diante do Pai e também
me incluir entre os que precisam ser fortalecidos.
Esta é a verdadeira súplica, oração, intercessão e ação de
graças.
Quando lia este texto pensava em 4 coisas distintas, mas
agora creio que são fases que atravessamos quando nos colocamos de joelhos
perante o Pai.
Começamos suplicando, com o coração cheio de pesar que muitas
vezes nem é totalmente pelos outros, mas inclui um pouco do peso dos problemas
do dia a dia. Isto é natural e deve fazer parte do processo. Em alguns minutos
este peso inicial é retirado e começamos, aos poucos, entrar na fase da oração.
A primeira fase geralmente é um pouco confusa, com muitos gemidos, choro,
línguas estranhas e cânticos melancólicos. A fase das súplicas lentamente vai
dando lugar à oração, que se diferencia por ser mais inteligível e objetiva.
Inicia-se a fase do diálogo, pois passamos não a apenas nos expressarmos, mas
também começamos a querer ouvir. Esta fase bilateral é o início da fase de
intercessão. Deixamos nossos próprios assuntos de lado e passamos a tratar de
assuntos alheios. Não que seja errado tratar de assuntos pessoais, pois creio
que devemos apresentar sempre à Deus todas as nossas causas pessoais também.
Quando confiamos em Deus, abrindo o coração e desabafando em
tom confidencial, exercitamos a nossa fé e quando recebemos as respostas,
crescemos e passamos a ter a verdadeira confiança para nos colocarmos como
intercessores das causas das outras pessoas.
Não andem ansiosos por coisa
alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem
seus pedidos a Deus.
Filipenses 4:6
Vemos nesta declaração do Apóstolo Paulo, que oração, súplica
e ação de graças se referem às nossas próprias ansiedades. Mas a intercessão se
refere aos anseios alheios. Nossa tarefa na intercessão é exatamente a de
mediar um diálogo entre o Pai e a pessoa que estamos representando.
O ministério do Senhor foi mediar a libertação dos homens
perante o Pai literalmente. Ele não apenas apresentou a causa, mas literalmente
pagou o preço do resgate e então a causa foi declarada ganha totalmente.
Esta é a grande maravilha da intercessão que o Senhor delega
para nós, que somos aqueles que Ele representou perante o Pai e representará
eternamente.
Quando nos apresentamos ao Pai para interceder por alguém,
estamos interagindo com a trindade divina.
O Espírito Santo nos guia no propósito e motivação, sendo o
Advogado entre nós e o Senhor. O Senhor Jesus nos dá autoridade para apresentar
a causa, sendo o Advogado entre nós e o pai. E o melhor de tudo é que a causa
já está ganha desde a cruz, onde o Senhor bradou: Está consumado.
Nossa tarefa não é ganhar a causa ou trazer a libertação para
as pessoas. Isto já foi feito por Jesus. Nossa tarefa é apenas trazer para o
mundo físico, aquilo que já foi conquistado no mundo espiritual.
Por isto o Senhor nos ensinou a orar desta forma:
Vocês, orem assim: “Pai nosso,
que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja feita
a tua vontade, assim
na terra como no céu.
Mateus 6:9-10
Glória a Deus, Aleluia !!!!!
Nos céus, tudo já foi conquistado por
Jesus, e nós só temos de reivindicar a vitória na terra.
Esta é a nossa tarefa como
intercessores.
Outra coisa que chama a atenção é a distinção que é feita
entre:
Todos os homens;
Reis;
Todos que exercem autoridade.
Não creio que Paulo estivesse
preocupado com nível social ou grau de importância de fulano ou sicrano. O que
ele estava dizendo para Timóteo era que há diferenciação de responsabilidades e
devemos levar isto em conta.
Os reis e os que exercem autoridade já
estavam incluídos entre “todos os homens” então para quê a repetição?
O próprio Apóstolo responde: para que
tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade.
Naquela época, os governantes eram
extremamente cruéis e o povo de Deus, tanto Judeus quanto Cristãos era
perseguido sem a menor piedade.
Nos dias atuais, continua havendo estas
perseguições em muitos lugares e nos lugares onde não há esta perseguição
acentuada, podemos incluir entre os que exercem autoridade, os falsos mestres,
falsos profetas e falsos líderes, que fazem o povo tropeçar por sua ganância,
fazendo do evangelho negócio próprio, para fins de enriquecer sem se preocupar
com a Verdade.
Em todos os casos, o que Deus espera do
seu povo, é que exerçamos o ministério da reconciliação, como está explícito em
Sua própria Palavra:
Mas todas as coisas provêm de
Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo, e nos confiou o ministério da reconciliação; pois que
Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens
as suas transgressões; e nos encarregou da palavra da reconciliação.
2Coríntios 5:18-19
Somos enviados de Jesus por toda a
Terra, para dar continuidade ao que Ele fez durante Seu ministério. Pregar,
expulsar demônios, curar enfermos, etc.
Pois o Pai ama ao Filho e lhe
mostra tudo o que faz. Sim, para admiração de vocês, ele lhe mostrará obras
ainda maiores do que estas.
João 5:20
Digo-lhes a verdade: Aquele
que crê em mim fará também as obras que tenho realizado. Fará coisas ainda
maiores do que estas, porque eu estou indo para o Pai.
João 14:12
Jesus está com o Pai, sendo o Sumo
Sacerdote que nos garante acesso ao lugar santíssimo e o Espírito Santo está
conosco, nos garantindo acesso ao Senhor.
Qualquer ministério deve começar da
maneira que Paulo ensinou a Timóteo. Com súplicas, orações, intercessões e
ações de graças, e a melhor maneira de ter sucesso é seguindo a direção dada
pelo Senhor:
Não
trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida
eterna, a qual o Filho do homem lhes dará. Deus, o Pai, nele colocou o seu selo
de aprovação.
Então lhe
perguntaram: “O que precisamos fazer para realizar as obras que Deus requer?”
Jesus
respondeu:
“A obra de
Deus é esta:
crer naquele que ele enviou”.
João
6:27-29
A Graça de Deus nos
capacitará cada vez mais, para exercer este Ministério que Ele delega à Sua
Igreja. Vamos buscar a Deus e fazer a Sua vontade.
Nunca desista de quem Deus colocou
próximo de você. Nada é impossível para Deus. Suplique, ore, interceda e dê
graças a Deus que nos dá a vitória.
Mas graças
a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.
1Coríntios 15:57
Marcelo Tristão de Souza
Ministério Apostólico Koinonia
Guamaré/RN
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