Um nobre propósito
Nos últimos tempos tenho passado por
algumas dificuldades que realmente me assustaram.
Parecia
até que Deus estava me provando além das minhas forças, mas sei que o Senhor
não faz as coisas assim.
A
dificuldade sempre tem um propósito que só começamos a perceber, quando
decidimos aceitar os obstáculos e seguimos em frente. As murmurações dificultam
muito as coisas, pois nos fazem focar nas dificuldades e esquecer do poder do
Deus de Israel.
Aceitar
os obstáculos e continuar começa a abrir nossos olhos para o que realmente está
acontecendo.
Hoje
posso chamar estes tempos difíceis de: hora
de recarregar as baterias.
Muitas
vezes, a lâmpada para os pés está com a pilha fraca e a luz para o caminho se
torna turva.
O verso veio à mente, mas não se
esqueça que as verdades de Deus não se resumem a um verso ou dois. Há um grande
contexto e correlações que vamos aprendendo com o tempo e as experiências.
Vejamos este pedacinho do Salmo 119:
Oh! Quão doces são as tuas
palavras ao meu paladar,
mais doces do que o mel à
minha boca.
Pelos teus mandamentos
alcancei entendimento;
por isso odeio todo falso
caminho.
Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu
caminho.
Jurei, e o cumprirei, que
guardarei os teus justos juízos.
Estou aflitíssimo;
vivifica-me, ó Senhor, segundo a tua palavra.
Salmos 119:103-107
O verso 105 é muito conhecido, mas
precisamos entender o raciocínio completo. A Palavra de Deus é doce e traz
entendimento, mas é necessário odiar os caminhos falsos.
As distrações da vida nos direcionam
aos tais caminhos falsos e devemos estar com as baterias das lâmpadas bem
carregadas, para não nos enganarmos com a falta de clareza.
As baterias são carregadas com a
Luz, igual a energia solar de nosso tempo. Quanto mais andamos na LUZ, mais
claramente veremos o caminho. Se andamos fora da LUZ, a bateria não se carrega
e a luz enfraquece.
Nestes dias de luz fraca, começamos
a fazer promessas e tatear nas sombras. Em alguns casos, há quem ameace Deus
com condições para obedecer e se tornam seus próprios deuses.
A aflição causada pela luz tênue me
fez clamar por VIDA e esta é a luz que recarrega as baterias. Quando percebemos
que o que nos basta é a GRAÇA, o Senhor nos ilumina com a Palavra.
Sempre que reconhecemos nossos
erros, o Senhor nos vivifica, segundo a Palavra dele.
A maior dificuldade de qualquer
pessoa que enfrenta estes períodos de aflição, é reconhecer que carece da Graça
e nada mais. Quanto mais lutamos, mais mergulhamos nas sombras.
E qual a razão de Deus nos deixar passar
por estas aflições?
Uma grande parte da resposta está em
Deuteronômio:
Todos os mandamentos que
hoje vos ordeno guardareis para os cumprir; para que vivais, e vos
multipliqueis, e entreis, e possuais a terra que o Senhor jurou a vossos pais.
E te lembrarás de todo o
caminho, pelo qual o Senhor teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos,
para te humilhar, e te provar, para
saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos,
ou não.
E te humilhou, e te deixou
ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o
conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de
tudo o que sai da boca do Senhor viverá o homem.
Deuteronômio 8:1-3
Será que Deus não sabia o que estava no coração do povo? Creio que o que está sendo provado é para que o povo entenda o que está no próprio coração. É para isto que servem as provações, correções e dificuldades diversas da vida. Para nos fazer olhar para nossas próprias atitudes, prioridades, desejos, etc.
Certamente que o Senhor sabe muito
bem o que está em nosso coração, quando mantemos nosso tempo de oração. Se uma
pessoa tentar enfrentar as dificuldades sem oração e leitura da Palavra,
infelizmente só posso lamentar, pois já não é provação e sim colheita. A escuridão
já terá tomado conta e cabe apenas o trabalho da evangelização.
Mas
quando mantemos a fé, oramos e examinamos a Palavra, até Deus falar conosco.
Assim
se cumpre em nossas vidas, o Salmo 139:
Senhor, tu me sondaste, e me conheces.
Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de
longe entendes o meu pensamento.
Cercas o meu andar, e o meu deitar; e
conheces todos os meus caminhos.
Não havendo ainda palavra alguma na minha
língua,
eis que logo, ó Senhor, tudo conheces.
Salmos 139:1-4
Deus
nos conhece e não precisa exatamente que expliquemos o que estamos sentindo,
mas não falará conosco se dermos as costas e tentarmos resolver nossos
problemas sozinhos.
É
desta forma que vejo a batalha entre Israel e os Filisteus, quando Davi venceu Golias.
Saul
estava longe de Deus e via apenas um gigante invencível, influenciando todos os
soldados a verem a situação pelos olhos naturais. Somente Davi viu pelos olhos
da fé.
A
diferença é que Davi estava em comunhão com Deus, orando e adorando a Deus.
Quando
deixamos as trevas crescerem, vemos o gigante, mas quando oramos e andamos na
Luz, vemos o Senhor dos Exércitos.
Saul
e o restante do povo olhavam para as dificuldades, mas Davi fez o que está no
Salmo 121:
Levantarei os meus olhos
para os montes, de onde vem o meu socorro.
O meu socorro vem do
Senhor que fez o céu e a terra.
Salmos 121:1,2
Pela fé, o gigante virou apenas uma
sombra e a armadura de Saul foi substituída pela armadura de Deus, explicada em
detalhes pelo Apóstolo Paulo em Efésio 6.
O que era o fim para Saul e sua falta de fé, se tornou o
começo do reinado para Davi.
A graça se manifestou pelo ato de fé de
Davi.
Porque a graça salvadora
de Deus se há manifestado a todos os homens,
Ensinando-nos que,
renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas,
vivamos neste presente
século sóbria, e justa, e piamente,
Aguardando a
bem-aventurada esperança e o aparecimento
da glória do grande Deus e
nosso Salvador Jesus Cristo;
O qual se deu a si mesmo
por nós para nos remir de toda a iniquidade,
e purificar para si um
povo seu especial, zeloso de boas obras.
Tito 2:11-14
Quando enfrentamos as dificuldades
da vida com a fé, a graça de Deus se manifesta e vemos a realidade conforme o
Senhor quer que vejamos.
O que este período de dificuldade me
mostrou foi que me afastei do propósito da intercessão, para me ocupar com outros
assuntos. Mesmo que sejam assuntos importantes, vejo agora que não posso deixar
a oração de intercessão em segundo plano. Na realidade, devo fazer as coisas
que surgem, sem negligenciar meu propósito de intercessor.
Nos últimos tempos, me ocupei com a
direção de um grupo de estudo que chamamos de tribo, na nossa Igreja local, também
com a função diaconal e a ministração da palavra em alguns cultos.
Peço perdão a Deus e volto ao propósito
Tudo o que pudermos fazer em prol do
Reino de Deus é muito importante, mas há algumas coisas que se sobressaem. No
meu caso, orar pelos irmãos e por propósitos que se apresentam pelo caminho é
de vital importância.
Intercessão é um grande
ministério da Igreja
Aberto a qualquer cristão de
fé e coragem
Espero
encontrar outros intercessores pelo Caminho
para
compartilharmos desta tão grande e preciosa batalha.
Marcelo ©Tristão de Souza
Guamaré / RN
04/05/2025
Amém jesus te abençoe sempre te amo
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