Uma mesa no
deserto
Parte
1 – Moisés e Israel no Deserto
O que encontramos no deserto?
Calor, fome e solidão?
Ou uma mesa de comunhão com Deus, para ouvir e ser
ouvido.
Conhecer e ser conhecido
O deserto na vida cristã é inevitável e também
obrigatório. Sem passar pelo deserto, seremos sempre meninos levados pelas mãos
de outras pessoas.
É nos desertos da vida onde descobrimos as verdades
essenciais, que nos tornarão aptos para enfrentar as batalhas do dia a dia.
Por isto há na Bíblia inúmeras situações envolvendo
deserto, explícita ou implicitamente, cumprindo-se o que o salmista diz:
Lâmpada
para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.
Salmos 119:105
É a experiência do deserto
quem vai abrir nossos olhos para ver a luz.
Israel passou pelo deserto logo após sair da
escravidão no Egito. Isto é uma figura da caminhada de todo cristão.
O Apóstolo Paulo
nos diz que tudo o que aconteceu com Israel é sombra das coisas futuras, ou
seja, é a forma de Deus ir se revelando gradualmente para nós, através da
narrativa Bíblica. Não somente o que aconteceu com Israel, mas toda a escritura
conhecida nos dias do Apóstolo Paulo são sombras das coisas futuras ou
profecias diretas. Veja esta afirmação do Apóstolo:
Toda
a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar,
para
redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;
Para
que o homem de Deus seja perfeito,
e
perfeitamente instruído para toda a boa obra.
2 Timóteo 3:16,17
Conforme os estudiosos, quando Paulo escreveu a Carta
para Timóteo, talvez nenhum livro do Novo Testamento fosse conhecido da grande
maioria dos Cristãos. Veja a tabela abaixo:
Livro |
Data Aproximada |
60-105 AD |
|
60-105 AD |
|
60-105 AD |
|
90-100 AD |
|
70-105 AD |
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57–58 AD |
|
57 AD |
|
45-55 AD |
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65 AD |
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57–62 AD |
|
60 AD+ |
|
50 AD |
|
60-100 AD |
|
60-100 AD |
|
56 AD |
|
60-90 AD |
|
60-200 AD |
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90-96 AD |
|
100-140 AD |
|
95-110 AD |
|
60-100 AD |
|
81-96 AD |
Quando Paulo diz “toda a Escritura” está se referindo ao
Antigo Testamento, talvez mais diretamente ao Pentateuco. Este ensinamento
sobre a linguagem Bíblica com narrativas que apontam para o futuro está
presente na doutrina Paulina e também em Hebreus:
Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão
escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos.
1 Coríntios 10:11
Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo
beber, ou por causa dos dias de festa,
ou da lua nova, ou dos sábados,
Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de
Cristo.
Colossenses 2:16,17
Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não
a imagem exata das coisas,
nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se
oferecem cada ano,
pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.
Hebreus 10:1
Encontrei
verdadeiro prazer em ler a Palavra de Deus, quando descobri estas coisas.
Quando comecei a
ver Jesus nos detalhes, a Palavra se tornou Vida e Luz.
Ainda em Hebreus,
vemos uma grande exortação baseada na passagem de Israel pelo Deserto:
Portanto, como diz o Espírito Santo:
Se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais os vossos
corações, como na provocação,
no dia da tentação no
deserto.
Onde vossos pais me tentaram, me provaram, e viram
por quarenta anos as minhas obras.
Por isso me indignei contra esta geração, e disse:
Estes sempre erram em seu coração, e não conheceram
os meus caminhos.
Assim jurei na minha ira que não entrarão no meu
repouso.
Hebreus 3:7-11
O salmista descreve
em muitos detalhes esta situação no Salmo 78, e um ponto chave é este:
E falaram contra Deus, e disseram:
Acaso pode Deus preparar-nos
uma mesa no deserto?
Salmos 78:19
A pregunta chave desta reflexão é exatamente esta.
Cremos que Deus pode preparar-nos uma mesa no
deserto,
ou preferimos reclamar e tentar a Deus?
Nossa caminhada cristã é a
realidade da sombra descrita sobre Israel no Deserto.
Fomos libertos da
escravidão pelo nosso cordeiro Pascal, que é Jesus. Após sair do Egito, que
simboliza a vida sem Deus, precisamos passar pelas águas, que simboliza o
Batismo em Cristo e em Nome de Cristo,
pois foi Ele quem nos justificou perante Deus, através do batismo.
O apóstolo Paulo
descreve esta figura claramente:
Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais
estiveram todos debaixo da nuvem,
e todos passaram pelo mar.
E todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no
mar,
1 Coríntios 10:1,2
Estas figuras apontam
para o batismo nas águas que Deus revelou através de João Batista. O Apóstolo
Paulo explica a relação entre as figuras e a vida cristã em outras passagens:
Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em
Jesus Cristo
fomos batizados na sua morte?
De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo
na morte; para que,
como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela
glória do Pai,
assim andemos nós também em novidade de vida.
Romanos 6:3,4
Israel atravessou
o mar e surgiu vivo do outro lado, da mesma forma, Jesus foi morto e
ressuscitou, simbolizando o batismo como morte e ressurreição.
A grande maioria
dos cristãos não querem refletir nas Escrituras e preferem as interpretações
sem fundamento.
Em outro texto, o
Apóstolo adverte sobre as filosofias humanas e faz a analogia entre a
circuncisão e o batismo:
Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua,
por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo
os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo;
Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da
divindade;
E estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo o
principado e potestade;
No qual também estais circuncidados com a
circuncisão não feita por mão no despojo do corpo dos pecados da carne, pela
circuncisão de Cristo;
Sepultados com ele no batismo, nele também
ressuscitastes pela fé no poder de Deus,
que o ressuscitou dentre os mortos.
E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na
incircuncisão da vossa carne,
vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos
todas as ofensas,
Colossenses 2:8-13
Neste assunto, os homens novamente preferem a sabedoria
humana e negam as Escrituras. O texto de Paulo deixa muito claro que o batismo
nas águas é a realidade da circuncisão. Se não fosse assim, ainda teríamos de
ser circuncidados à maneira de Abraão.
Os apóstolos entenderam perfeitamente a analogia e por
isto, batizavam todos os novos cristãos, em nome de Jesus, independentemente da
idade:
Saiba pois com certeza toda a casa de Israel que a
esse Jesus, a quem vós crucificastes,
Deus o fez Senhor e Cristo.
E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração,
e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos:
Que faremos, homens irmãos?
E disse-lhes Pedro:
Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em
nome de Jesus Cristo,
para perdão dos pecados; e recebereis o dom do
Espírito Santo;
Porque a promessa vos diz respeito a vós,
a vossos filhos,
e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.
Atos 2:36-39
Uma leitura honesta deste texto nos mostra que a dúvida
era sobre a salvação, e Pedro responde exatamente isto, condicionando a
salvação ao batismo “em nome de Jesus Cristo”, incluindo também os filhos.
Negar esta revelação é negar o plano de salvação em
Cristo.
Sabendo de antemão que os cristãos negariam as Escrituras
da mesma forma que os Judeus, Pedro fez esta afirmação:
E tende por salvação a longanimidade de nosso
Senhor;
como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu,
segundo a sabedoria que lhe foi dada;
Falando disto, como em todas as suas epístolas,
entre as quais há pontos difíceis de entender, que
os indoutos e inconstantes torcem,
e igualmente as outras Escrituras, para sua própria
perdição.
2 Pedro 3:15,16
Isto é maravilhoso.
Uma profecia do Apóstolo
Pedro sobre a apostasia dos primeiros cristãos
que chegou firme e forte até
os nossos dias.
Se não encontrarmos a mesa no deserto, viveremos andando
em círculos e nos afastando cada vez mais de Deus e da Verdade.
As roupas que não envelheceram é figura da santificação
que só é encontrada na mesa.
Os sapatos que não se desgastam é o caminhar no caminho
certo, apontado pelo Senhor na mesa.
Ou encontramos a mesa ou
perecemos.
Eu te conheci no deserto,
na terra muito seca.
Oséias 13:5
É no deserto onde Deus
nos revela quem somos
O próprio
Senhor explica claramente o motivo de passarmos pelo deserto:
E
te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o Senhor teu Deus te guiou no deserto
estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para
saber o que estava no teu coração,
se
guardarias os seus mandamentos, ou não.
E
te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná,
que
tu não conheceste, nem teus pais o conheceram;
para
te dar a entender que o homem não viverá só de pão,
mas
de tudo o que sai da boca do Senhor viverá o
homem.
Deuteronômio 8:2,3
Tudo que sai da boca do Senhor se refere ao encontro na mesa no
Deserto
Hebraico, no VT
Midbar = Lugar seco
Grego, no NT
Eremos = Lugar solitário
Deserto na cultura Hebraica: MIDBAR
E apareceu-lhe o anjo do Senhor em
uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo,
e a sarça não se consumia.
Êxodo 3:1,2
Após esta visão, Deus fala
com Moisés:
E vendo o Senhor que se virava para ver, bradou Deus
a ele do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés. Respondeu ele: Eis-me aqui.
E disse: Não te chegues para cá;
tira os sapatos de teus pés; porque o lugar em que
tu estás é terra santa.
Êxodo 3:4,5
Deus
ofereceu uma mesa para Moisés, e falaria com ele face a face. Na mesa do
deserto, Moisés recebeu os planos para a construção do Tabernáculo e toda a
Lei. Na intimidade da mesa, Moisés recebeu do Senhor todas as instruções para
guiar o povo.
A
geração que viu a mesa entrou na terra prometida, mas aquela que tentou a Deus
no deserto, pereceu e não entrou no descanso.
Sejamos a geração que conhece a mesa
e vai a ela diariamente.
Parte
2 – Paulo no deserto
O Apóstolo Paulo é outro
exemplo de alguém que encontrou a mesa no deserto.
O deserto de
Paulo é no estilo do Novo Testamento. Não um lugar literal, mas na linguagem
grega, simbolizando solidão e encontro com Deus.
Paulo era profundo conhecedor das escrituras e também
zeloso por cumprir a vontade de Deus. O problema é que recebeu as escrituras
primeiramente dos homens. Os evangelhos nos mostram como a Palavra de Deus era
desprezada e a religião era corrompida pelas filosofias humanas. Foram estas
escrituras distorcidas que Paulo recebeu dos religiosos de sua época.
A corrupção o levou a interpretar erroneamente e
perseguir o povo que adorava a Jesus Cristo, chegando a participar do
assassinato do Diácono Estevão.
E eu disse: Senhor, eles bem sabem que eu lançava na
prisão
e açoitava nas sinagogas os que criam em ti.
E quando o sangue de Estêvão, tua testemunha, se
derramava,
também eu estava presente, e consentia na sua morte,
e guardava as capas dos que o matavam.
Atos 22:19,20
Mas ele encontrou a mesa no deserto
Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por
mim foi anunciado
não é segundo os homens.
Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum,
mas pela revelação de Jesus Cristo.
Gálatas 1:11,12
Aqui o Apóstolo afirma que recebeu o seu evangelho
diretamente do Senhor. Como foi isto?
Paulo teve um encontro com o Senhor no caminho para Damasco,
no deserto, quando estava decidido a exterminar os cristãos de Damasco.
Neste encontro, teve de ficar cego para o deus que servia
e então, na escuridão do deserto de sua alma, encontrou a Luz de Cristo.
Nos três anos seguintes, no deserto, desprezou todo o
aprendizado que recebera dos homens e encontrou Cristo na Lei e nos profetas.
Nestes três anos e nos seguintes, desenvolveu o que ele
mesmo chama de “meu evangelho”, pois não o recebeu dos apóstolos, mas de
Cristo.
Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei:
que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído,
tomou o pão;
1 Coríntios 11:23
Porque primeiramente vos entreguei o que também
recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras,
E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro
dia, segundo as Escrituras.
1 Coríntios 15:3,4
No dia em que Deus há de julgar os segredos dos
homens, por Jesus Cristo,
segundo o meu evangelho.
Lembra-te de que Jesus Cristo, que é da descendência
de Davi,
ressuscitou dentre os mortos,
segundo o meu evangelho;
Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de
minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça, revelar seu Filho em mim,
para que o pregasse entre os gentios, não consultei a carne nem o sangue, nem
tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia, e voltei outra vez a Damasco.
Depois, passados três
anos, fui a Jerusalém para ver a Pedro, e fiquei com ele quinze dias.
Gálatas 1:15-18
Após encontrar a mesa do Senhor e receber a revelação de
que Jesus é o Deus de Israel, o perseguidor passou a ser perseguido.
E não era
conhecido de vista das igrejas da Judéia, que estavam em Cristo;
Mas somente tinham ouvido dizer:
Aquele que já nos
perseguiu anuncia agora a fé que antes destruía.
Gálatas 1:22,23
Na mesa de Deus, Paulo
viu a
CRUZ de Cristo
Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos
corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto
racional.
E não sede
conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso
entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita
vontade de Deus.
Romanos
12:1,2
Este é um dos pontos mais belos da
doutrina Paulina. Nós somos o sacrifício vivo. Realidade tipificada nos rituais
da Lei e cumprido em Cristo.
Paulo entendeu perfeitamente a
expressão “cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
Tomar
a cruz diariamente é o nosso caminho no deserto até a mesa do Senhor.
E dizia a todos:
Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo,
e tome cada dia a
sua cruz, e siga-me.
Lucas
9:23
Quando
tomamos nossa cruz estamos cumprindo a figura tipificada no sacrifício de
Isaque.
No deserto de Abraão, Deus começou a anunciar o Cordeiro de Deus que tira
o pecado do mundo.
Nós também devemos carregar a lenha (cruz) e subir o monte todos os dias,
oferecendo o sacrifício que Paulo revela em Romanos 12: 1 e 2.
Na mesa, Paulo
entendeu quem é o verdadeiro inimigo
Porque não temos
que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados,
contra as
potestades, contra os príncipes das trevas deste século,
contra as hostes
espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
Efésios
6:12
Parte
3 - O Apóstolo João no Deserto
O apóstolo João era o servo
amado, mas teve de passar pelo deserto de uma maneira terrível.
Eu, João, que também sou vosso irmão, e companheiro
na aflição, e no reino,
e paciência de Jesus Cristo,
estava na ilha chamada Patmos,
por causa da palavra de Deus, e pelo testemunho de
Jesus Cristo.
Apocalipse 1:9
A Ilha de Patmos, segundo a
Wikipédia:
Conhecida por ser o local para onde o apóstolo João foi exilado e escreveu o livro da Bíblia "Apocalipse" — conforme consta na introdução do próprio livro —, Patmos foi usada como um lugar de banimento do Império Romano.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Patmos
Nos dias de hoje, o cristianismo é visto como fonte de
riqueza e prestígio, mas esta não é a realidade dos tempos de João e não
deveria ser em nossos dias.
Pregar o evangelho levou João ao deserto, mas o Senhor
estava lá esperando por ele, com uma mesa maravilhosa preparada.
O que João recebeu do Senhor na mesa foi a revelação que
hoje e também no passado trouxe muito assombro à mente humana, por não examinar
as escrituras e preferir as fábulas humanas.
Todo o mistério que povoou a mente humana pelos séculos
se desfaz logo na primeira expressão do Livro que João recebeu no seu deserto.
Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos
as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as
notificou a João seu servo;
Apocalipse 1:1
A primeira revelação que Deus dá a
João é o próprio Senhor Jesus Cristo. E que revelação é esta?
¹⁰ fui arrebatado
no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz,
como de
trombeta,¹¹ que dizia: Eu sou o Alfa e o
Ômega, o primeiro e o derradeiro;
e o que vês,
escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia:
a Éfeso, e a
Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia.
¹² E virei-me
para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro;
¹³ E no meio dos
sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma
roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro.
¹⁴ E a sua cabeça
e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve,
e os seus olhos
como chama de fogo;
¹⁵ E os seus pés,
semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido
refinados numa
fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas.
¹⁶ E ele tinha na
sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o
seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece.
¹⁷ E eu, quando o
vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me:
Não temas; Eu sou o primeiro e o último;
¹⁸ E o que vivo e
fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre.
Amém. E tenho as
chaves da morte e do inferno.
Apocalipse
1:10-18
A experiência de Moisés, quando Deus
falou com ele no deserto é muito parecida com a de João. O Eu Sou falou com
eles e se revelou, apresentando-lhes a mesa de comunhão.
Assim como Moisés e Paulo, João foi
ao deserto para se encontrar com Deus e realmente encontrou-se com o Eu Sou.
A grande revelação de Deus através
dos séculos, desenvolvida gradualmente nas escrituras, é exatamente esta. O
primeiro e o derradeiro. Eu Sou e não há outro.
João
viu um trono e quem estava nele.
E logo fui
arrebatado em espírito, e eis que um trono estava
posto no céu,
e um assentado
sobre o trono.
Apocalipse 4:2
E olhei, e eis
que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete
pontas e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra.
Apocalipse 5:6
A linguagem figurativa de Apocalipse
é difícil de ser interpretada, para quem busca interpretação no raciocínio e
sabedoria dos homens.
Buscando o significado das figuras
na própria Palavra de Deus, sabemos que o cordeiro é Jesus, ou seja, Emanuel,
Deus conosco. O cordeiro que Deus proveu para si. O próprio Deus se oferecendo
em holocausto para redimir a humanidade.
¹ No princípio
era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
² Ele estava no
princípio com Deus.
³ Todas as coisas
foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
⁴ Nele estava a
vida, e a vida era a luz dos homens.
⁵ E a luz
resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
João
1:1-5
Quem
ainda duvida da Palavra de Deus continua nas trevas
A
doutrina de João é bem clara:
Amados, agora
somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser.
Mas sabemos que,
quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele;
porque assim como
é o veremos.
1
João 3:2
Semelhantes
a quem? Deus.
Quem
vai se manifestar?
Quando Cristo,
que é a nossa vida, se manifestar,
então também vós
vos manifestareis com ele em glória.
Colossenses
3:4
João
e Paulo trazem a mesma revelação:
Jesus
é Deus. O único Deus.
Quem
insiste em negar as escrituras, vive em trevas.
Outra
revelação que João nos traz é sobre os detalhes da mesa no deserto
Eis que estou à
porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta,
entrarei em sua
casa, e com ele cearei, e ele comigo.
Apocalipse 3:20
O Senhor ofereceu uma mesa para João.
Mas antes disto, há um contexto no
verso 19
Eu repreendo e
castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te.
Apocalipse 3:19
O
Senhor nos leva ao DESERTO para falar de AMOR
Antes
de oferecer a mesa, Ele nos leva ao deserto para corrigir,
ensinar
e levar ao arrependimento.
Este
é o sacrifício diário
Este
é o diálogo na mesa do Senhor
Arrependimento,
conserto, cura e comunhão
HÁ
UMA MESA NO DESERTO
Mas antes,
precisamos ouvir o Senhor batendo ...
Ele bate ...
Perdoei como fui
perdoado?
Ele bate ...
Tenho prazer na
Lei do Senhor e medito dia e noite?
Ele bate ...
Persevero na
doutrina dos Apóstolos?
Ele bate ...
Tú me amas ?
Na
mesa estão:
O
Pão vivo que desceu do céu
O
vinho novo
Guamaré 01/12/2023
Marcelo (C)Tristão de Souza
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