29 setembro 2015

Os 5 ministérios



Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo.
Romanos 10:17

OS 5 MINISTÉRIOS




Ele foi a Nazaré, onde havia sido criado, e no dia de sábado entrou na sinagoga, como era seu costume. E levantou-se para ler. Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías. Abriu-o e encontrou o lugar onde está escrito:
O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor. Então ele fechou o livro, devolveu-o ao assistente e assentou-se. Na sinagoga todos tinham os olhos fitos nele; e ele começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu a Escritura que vocês acabaram de ouvir”.
Lucas 4 16:21


Se o Senhor habita em nós, somos um com o Senhor. Se somos um nas bênçãos também somos nas obrigações. Se o Senhor está em nós para nos salvar, curar e nos santificar, também está em nós para que façamos as obras que Ele fez e quer fazer. Em nós e através de nós.
            O Espírito do Senhor está não apenas sobre nós, mas está em nós. Ele nos ungiu, isto é, pintou, marcou, revestiu, para um propósito. Qual é este propósito?
            Veja o que Ele mesmo declarou no texto acima:

1 - pregar boas novas aos pobres; 
2 - proclamar liberdade aos presos; 
3 - recuperação da vista aos cegos; 
4- libertar os oprimidos;
5 - proclamar o ano da graça do Senhor.

            Muitos textos da Palavra de Deus nos trazem figuras sobre assuntos que estamos buscando aprender no momento e isto é maravilhoso, quando buscamos ouvir a verdade de Deus para nossa vida e temos a intenção de aplicar no crescimento pessoal e do Reino de Deus.
            Nem sempre uma verdade revelada a uma pessoa é da mesma forma que é revelada a outra pessoa, mas isto não significa que há duas verdades ou que há desacordo.
            Há diversas interpretações para o mesmo contexto e isto não significa que há erro ou má fé. Apenas nos mostra que a Palavra de Deus é riquíssima em contextos que revelam a Verdade para o coração que a busca.
            Estudando o contexto acima, quero fazer correlação com o que Paulo diz aos Efésios:
           
E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo.
Efésios 4:11-13
           
            A sequencia em que cada ministério se apresenta não importa muito, pois não há distinção de maior ou menor, mais ou menos importante, mas nesta correlação, todos devem funcionar juntos, como rodas em uma engrenagem. Se a correlação falasse em edifício, haveria distinção de posição física, mas também não haveria a distinção de importância ministerial, pois todas as partes devem estar em equilíbrio para que a estrutura seja sólida..
1 – Pregar boas novas aos pobres: é a função do Evangelista, como a própria expressão declara; Boas Novas, ou seja, evangelho. O evangelista se destaca ministerialmente pela paixão que dedica ao levar a mensagem para os que não estão no Caminho certo, com a intenção de trazê-los para o entendimento e que possam ser curados. Esta foi a maneira como Jesus iniciou seu ministério na prática:
Daí em diante Jesus começou a pregar: “Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo”.
Mateus 4:17
A Igreja também começou a atuar da mesma maneira, através de Pedro:
Pedro respondeu: “Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo”.
Atos 2:38
A transição entre os profetas e o Profeta também foi da mesma maneira:
Naqueles dias surgiu João Batista, pregando no deserto da Judéia. Ele dizia: “Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo”.
Mateus 3:1-2

2 - proclamar liberdade aos presos;  Esta é a função ministerial do Mestre: O ensino trazido por alguém com a função ministerial de Mestre é distinto dos educadores e palestrantes comuns conforme o exemplo do próprio Senhor:
Quando Jesus acabou de dizer essas coisas, as multidões estavam maravilhadas com o seu ensino, porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os mestres da lei.
Mateus 7:28-29
O ensino de um mestre flui diretamente ao coração dos ouvintes, tendo um efeito curador e libertador muito superior ao ensino de qualquer outro, mesmo o de um evangelista.

Disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará”.
João 8:31-32
Este é o conteúdo e resultado do ensino de um Mestre.

3 - recuperação da vista aos cegos;  O bom Pastor cuida de suas ovelhas com a própria vida:
Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas.
João 10:11
Nos tempos de Jesus, o povo andava tateando, sem direção, então Ele veio para mostrar o Caminho e guiar todos de volta aos braços do Pai.
Ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor.
Mateus 9:36
O ensino do Pastor é diferenciado pelo teor, pois busca guiar o povo na direção que Deus determina, cuidando de todos pelo caminho, evitando assim que qualquer um se perca.
Vejamos o resultado que o ministério Pastoral verdadeiro traz para uma Igreja:
O Senhor é o meu pastor; de nada terei falta.
Em verdes pastagens me faz repousar e me conduz a águas tranquilas; restaura-me o vigor. Guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.
Mesmo quando eu andar por um vale de trevas e morte, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem.
Preparas um banquete para mim à vista dos meus inimigos. Tu me honras, ungindo a minha cabeça com óleo e fazendo transbordar o meu cálice.
Sei que a bondade e a fidelidade me acompanharão todos os dias da minha vida, e voltarei à casa do Senhor enquanto eu viver.
Salmo 23

4 - libertar os oprimidos; Mesmo havendo os ministérios acima, é necessário um nível de comunicação com Deus diferenciado, e este é o ministério do Profeta. Libertar os oprimidos, conforme a citação de Jesus, é uma tarefa que exige uma intervenção não apenas através do ensino ou cuidado. É preciso invadir o mundo espiritual e tratar o problema onde ele realmente está. Isto exige um tipo de oração que vai além das orações do dia a dia. Exige a oração intercessora. Esta é a oração que a maioria dos cristãos evita ou desconhece totalmente. Nesta oração, a pessoa que ora se coloca totalmente no lugar do outro, sentindo sua dor e angústia, sofrendo literalmente em lugar do outro. Somente após orar desta forma e receber de Deus a revelação sobre o problema real, é que começa o processo de libertação. Por isto que vemos Jesus em longas orações, antes de ministrar e liberar o poder de Deus. Observe os profetas do AT e verá que todos tinham revelações para entregar após longos períodos de oração.
Sigam o caminho do amor e busquem com dedicação os dons espirituais, principalmente o dom de profecia.
1 Coríntios 14:1
O dom de profecia deve ser buscado por todos, sendo um dos dons do Espírito e ministrado tanto entre cristãos quanto para os que estão de fora, mas o ministério de Profeta é um dom Ministerial e é dado por Deus para edificação do Corpo de Cristo, por isto, é ministrado principalmente entre o povo de Deus.
Todo Profeta só é realmente profeta se é um intercessor nato, mas nem todo intercessor precisa ser especificamente um Profeta. O bom de se dedicar à intercessão é que, certamente, Deus se revelará de maneira maravilhosa, dando respostas e estratégias para a solução de causas difíceis. O que o dom de profecia e o ministério profético devem ter em comum é o amor incondicional manifesto em ações, sem o qual, é inútil orar ou profetizar.

5 - proclamar o ano da graça do Senhor. O ministério do Apóstolo também é de extrema importância. O ano da graça não é um tempo comum como um ano no calendário, mas é uma figura do ano do Jubileu, quando acontece uma restauração para todo o povo. Escravos são libertos, dívidas são perdoadas, vidas são libertas da escravidão e angústia. É liberado um novo tempo de expansão para o Reino de Deus.
Após esta restauração, deve ser ministrado um novo nível de ensino. A identidade perdida no tempo de escravidão deve ser restaurada conforme a vontade de Deus. Terras recuperadas devem ser restauradas para que se tornem funcionais. Estas coisas requerem um nível avançado de treinamento, do qual devem participar todos os que estão sendo restaurados, incluindo os próprios Apóstolos e os participantes dos outros ministérios.
Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações.
Atos 2:42

Tudo deve ser feito visando a finalidade que foi ordenada:
com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo.
Efésios 4:12-13

Uma coisa que deve ser observada por todos os que buscam seu lugar Ministerial no corpo de Cristo, é que este lugar se manifesta primeiramente em ações condizentes com o que Deus está dando a cada pessoa. Após estas ações serem manifestas espontaneamente, testadas e aprovadas, serão reconhecidas pela congregação. O que vemos hoje em dia é a escolha de pessoas para exercer funções sem que tenham afinidade com o que se propõe. “É um verdadeiro leilão de dons.”
Eu o exorto solenemente, diante de Deus, de Cristo Jesus e dos anjos eleitos, a que procure observar essas instruções sem parcialidade; e não faça nada por favoritismo. Não se precipite em impor as mãos sobre ninguém e não participe dos pecados dos outros. Conserve-se puro.
1 Timóteo 5:21-22


Digo-lhes a verdade: Aquele que crê em mim fará também as obras que tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas, porque eu estou indo para o Pai.
João 14:12
Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele.
João14:21

Somente quando a Igreja estiver operando uniformemente, com todos os Dons Ministeriais e Espirituais se completando e atuando na medida que Deus dá a cada um, teremos a manifestação real do Poder de Deus e veremos se cumprir o que Jesus disse nos dois textos acima.



Como cristãos e partes deste Corpo glorioso que é a Igreja de Jesus, devemos procurar tanto conhecer como também devemos procurar receber de Deus os dons espirituais:
Irmãos, quanto aos dons espirituais, não quero que vocês sejam ignorantes.
1 Coríntios 12:1
Quanto aos Ministérios, devemos nos dedicar a fazer o que Deus nos põe no coração e esperar que Ele revele a função que iremos exercer no corpo. Mas não nos esqueçamos do que é mais importante:
Entretanto, busquem com dedicação os melhores dons. Passo agora a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente.
1 Coríntios 12:31

O Amor

Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, se não tiver amor, nada serei.
1 Coríntios 13:1-2

É BOM LEMBRAR TAMBÉM QUE O TEXTO DE EFÉSIOS CAPÍTULO 4 NÃO É A ÚNICA REFERÊNCIA BÍBLICA QUE FALA EM DONS DE EDIFICAÇÃO PARA A IGREJA.

Veja este texto sobre a ordem em que surgiram e com isto, aprendemos que há uma certa dependência para que a manifestação seja sadia.
Assim, na igreja, Deus estabeleceu primeiramente apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois os que realizam milagres, os que têm dons de curar, os que têm dom de prestar ajuda, os que têm dons de administração e os que falam diversas línguas.
1 Coríntios 12:28
O apóstolo Paulo, no texto acima, não está ditando regra, mas apenas constatando fatos. Esta é exatamente a ordem em que os dons se manifestaram no surgimento da Igreja. O Senhor estabeleceu os Apóstolos para que dessem continuidade ao treinamento dos discípulos. Dentre estes discípulos, foram sendo revelados na convivência diária de ensinamentos e intercessões, os profetas que começaram a receber revelações, depois começaram também a serem revelados os que tinham extrema facilidade em comunicar as verdades reveladas pelo Senhor, logo sendo reconhecidos como mestres. Da atuação conjunta de Apóstolos, Profetas e Mestres, começaram a se manifestar os milagres e curas. Com o poder de Deus se manifestando entre eles, começaram a vir novos discípulos e então foi necessário a manifestação daqueles que se dedicavam a ajudar os outros e iniciou-se a distribuição das tarefas de administração. O espírito Santo tinha liberdade pois tudo estava funcionando em perfeita harmonia, então a manifestação de diversas línguas era comum.
Sei que isto talvez não reflita exatamente o que Paulo está dizendo, mas é uma boa ilustração para que entendamos que não devemos restringir os dons que Deus distribui à uma lista hierárquica e rígida.




Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;
Hebreus 12:14
Marcelo Tristão de Souza

Ministério Apostólico Koinonia em Guamaré/RN

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