Escrever é que é o verdadeiro prazer; ser lido é um prazer superficial.
Virginia Woolf
A balança do EGO
Estão chegando os dias, declara o SENHOR, o Soberano, em que
enviarei fome a toda esta terra; não fome de comida nem sede de água, mas fome
e sede de ouvir as palavras do SENHOR.
Amós 8:11
Seria
maravilhoso se esta profecia nos garantisse o que alguns pregadores
aventureiros costumam berrar nos microfones, afirmando que as pessoas nos
nossos dias, estão sedentas por Deus e famintas pela Bíblia. Infelizmente não é
isto que vivemos e não é o que Deus mostrou ao profeta. Na verdade, o que está crescendo a cada dia é a iniquidade.
A
coisa estava tão ruim nos dias de Amós, que estavam comprando um necessitado por um par de
sandálias.
Qualquer
semelhança com nossos dias é mera coincidência?
Leia
o contexto e entenderá que não foi nada de bem o que o profeta viu:
O SENHOR, o Soberano, me mostrou um cesto de frutas maduras.
“O que você está vendo, Amós?”, ele perguntou. Um cesto de frutas
maduras, respondi. Então o SENHOR me disse: “Chegou o fim de Israel, o meu
povo; não mais o pouparei”.
“Naquele dia”, declara o SENHOR, o Soberano, “as canções no templo
se tornarão lamentos. Muitos, muitos serão os corpos, atirados por todos os
lados! Silêncio!”
Ouçam, vocês que pisam os pobres e arruínam os necessitados da
terra, dizendo: “Quando acabará a lua nova para que vendamos o cereal? E quando
terminará o sábado para que comercializemos o trigo, diminuindo a medida,
aumentando o preço, enganando com balanças desonestas e comprando o pobre com
prata e o necessitado por um par de sandálias, vendendo até palha com o trigo?”
O SENHOR jurou contra o orgulho de Jacó: Jamais esquecerei coisa
alguma do que eles fizeram.
Acaso não tremerá a terra por causa disso, e não chorarão todos os
que nela vivem? Toda esta terra se levantará como o Nilo; será agitada e depois
afundará como o ribeiro do Egito.
“Naquele dia”, declara o SENHOR, o Soberano: Farei o sol se pôr ao
meio-dia e em plena luz do dia escurecerei a terra.
Transformarei as suas festas em velório e todos os seus cânticos em
lamentação. Farei que todos vocês vistam roupas de luto e rapem a cabeça. Farei
daquele dia um dia de luto por um filho único, e o fim dele, como um dia de
amargura.
Amós 8:1-10
Este
exemplo nos mostra como é fácil interpretar erroneamente a Palavra de Deus. Basta
pegar um pequeno texto e desconsiderar o contexto.
Se
criarmos uma doutrina baseada no versículo 11, teremos uma pregação muito
agradável mas que não trará fruto algum. Se acreditarmos que todos virão
facilmente para se congregar conosco, aprender sobre Deus e aceitar a Palavra de
bom coração estaremos mentindo para nós mesmos e para quem nos ouve.
Uma profecia mais coerente sobre a aceitação da Palavra de Deus nos nossos dias é
esta:
Na presença de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e
os mortos por sua manifestação e por seu Reino, eu o exorto solenemente:
Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo,
repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina.
Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; ao contrário,
sentindo coceira nos ouvidos, juntarão mestres para si mesmos, segundo os seus
próprios desejos.
Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os
mitos.
2 Timóteo 4:1-4
Nos
dias de Paulo e Timóteo já era assim, quanto mais hoje!
Na
verdade, estamos vivendo dias onde as pessoas criam um “deus” próprio e adaptam
a palavra aos moldes deste “deus”.
Durante
séculos e séculos, os inimigos da Palavra de Deus eram as religiões pagãs e até
mesmo os próprios judeus que não creem que Jesus é o Messias, mas nestes dias,
o inimigo está totalmente adaptado, se infiltrando em todos os lugares,
distorcendo e corrompendo a verdade.
As
duas profecias estão separadas por vários séculos mas são apresentadas em
situações semelhantes.
Nos
dois casos, o povo que se intitula “povo de Deus” está se afastando cada vez
mais de seu Senhor e de sua vontade expressa na Palavra.
Tanto
os judeus dos tempos de Amós quanto a Igreja dos dias de Paulo, alegavam querer
conhecer a vontade de Deus, mas não tinham prazer algum em seguir o que lhes
era revelado.
O
Senhor Jesus disse algo maravilhoso e que nos servirá como base para
compreender o porque de tanta dificuldade em obedecer a vontade de Deus:
E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e
tome cada dia a sua cruz, e siga-me.
Aí está
o problema que, desde o princípio, afasta criatura e criador: o EGO.
O que é Ego:
Ego significa o eu de cada um, é o defensor da personalidade, é um termo
muito utilizado na psicanálise e na filosofia. A principal função do ego é
procurar harmonizar os desejos e a realidade, e posteriormente, entre esses e
as exigências; os valores da sociedade.
Esta definição é muito apropriada para entendermos o problema em questão. Se a função do ego é harmonizar os desejos e a realidade para então pesar na balança os desejos próprios e o que é exigido exteriormente, é claro que a tendência da balança será sempre pender para os desejos e deixar as exigências exteriores sempre em segundo plano.
Foi
isto que aconteceu no jardim do Éden, no deserto entre o Egito e a Terra
Prometida, no julgamento em Jerusalém, dois mil anos atrás, na escolha entre a
lei e a graça e sempre ocorre quando o Senhor está à porta e bate.
A
escolha é sempre a mesma e Deus fica em segundo plano.
O
Salmo 107 nos mostra esta realidade em contraste com um Deus misericordioso e
sempre pronto para livrar seu povo.
Isto
ocorre repetidas vezes. O povo se corrompe, surgem as dificuldades, eles clamam
e Deus os livra. Vez após vez, isto se repete.
Quem é sábio observará estas coisas, e eles compreenderão as
benignidades do Senhor.
Quem é
sábio também observa que o Senhor avisa que este vai e vem
não pode durar para
sempre.
Porque eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os
soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha; e o dia que
está para vir os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não
deixará nem raiz nem ramo.
Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria.
Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria.
O sol da justiça é o Senhor Jesus, a Palavra de Deus
encarnada, que veio para quebrar o poder do pecado e dar liberdade à todos os
que pesarem suas escolhas na balança do ego e escolherem a cruz.
Veja o que a justiça traz:
E o efeito
da justiça será paz, e a operação da justiça, repouso e segurança para
sempre.
Bem-aventurados
os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
Mas, buscai
primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas.
Visto que
com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a
salvação.
Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de
Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do
grego.
Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está
escrito: Mas o justo viverá pela fé.
E, se
Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o
espírito vive por causa da justiça.
Eis a
diferença que deve pesar na balança. Cristo em vós, ou seja, escolher seguir ao
Senhor é renunciar às exigências egoístas.
Voltando à declaração de Amós, sobre
a fome e sede por Deus, sabemos que isto não é impossível, pois no meio das
trevas deste mundo, estão muitos que serão alcançados pela graça de Deus. O que
procuro esclarecer é que, mesmo havendo muitos ainda que serão salvos, não será
com facilidade, esperando que eles venham procurar água e pão.
Assim como os que já conhecem a
Palavra de Deus devem se esforçar para manter-se no caminho, os que estão de
fora também só serão alcançados mediante o esforço do povo de Deus.
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era
Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e
sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz
dos homens.
Jesus
Cristo é a própria Palavra de Deus e luz em nossas vidas, mas esta luz deve ser
apresentada aos que estão nas trevas, ou então, será uma luz inútil:
Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma
cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do
alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça
a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e
glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.
A melhor
pregação que a Igreja pode fazer é viver a Palavra de Deus e as pessoas de fora
verão e se aproximarão, pois a luz atrairá sua atenção e dissipará as trevas.
Negar a si mesmo é não apenas
conhecer a vontade de Deus, mas cumprir com alegria o que Ele espera de nós.
Cada um de nós intercessores, temos o dever de viver esta realidade e clamar, dia e noite, para que esta seja a vida natural da Igreja do Senhor, em todos os lugares da Terra.
Vamos clamar para que a Igreja volte a seguir o exemplo dos primeiro anos, vivendo o sobrenatural naturalmente.
Cada um de nós intercessores, temos o dever de viver esta realidade e clamar, dia e noite, para que esta seja a vida natural da Igreja do Senhor, em todos os lugares da Terra.
Vamos clamar para que a Igreja volte a seguir o exemplo dos primeiro anos, vivendo o sobrenatural naturalmente.
Isto é ser verdadeiramente apostólico:
Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo.
E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de
salvar.
E todos os dias, no templo e nas casas, não
cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo.
Aclamem o Senhor todos
os habitantes da terra!
Prestem culto ao Senhor com alegria; entrem na sua presença
Prestem culto ao Senhor com alegria; entrem na sua presença
com cânticos alegres.
Reconheçam que ele é o nosso Deus. Ele nos fez e somos dele: somos o seu povo, e rebanho do seu pastoreio.
Entrem por suas portas com ações de graças,
Reconheçam que ele é o nosso Deus. Ele nos fez e somos dele: somos o seu povo, e rebanho do seu pastoreio.
Entrem por suas portas com ações de graças,
e em seus átrios, com
louvor;
dêem-lhe graças e
bendigam o seu nome.
Pois o Senhor é bom e o seu amor leal é eterno;
Pois o Senhor é bom e o seu amor leal é eterno;
Marcelo Tristão de
Souza
Guamaré/RN
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