04 abril 2016

Exército de Deus - Parte 03 - Não temais nem tremais






Quem é esse Rei da glória? O Senhor dos Exércitos; ele é o Rei da glória!


            Dando sequência às reflexões sobre as batalhas e o exército de Deus, veremos agora a primeira ordem proferida na Lei sobre as guerras:

E será que, quando vos achegardes à peleja, o sacerdote se adiantará, e falará ao povo, E dir-lhe-á: Ouvi, ó Israel, hoje vos achegais à peleja contra os vossos inimigos; não se amoleça o vosso coração: não temais nem tremais, nem vos aterrorizeis diante deles, Pois o Senhor vosso Deus é o que vai convosco, a pelejar contra os vossos inimigos, para salvar-vos.
Deuteronômio 20:3-4



Mesmo antes da formação de Israel como um povo e da Lei como constituição, Deus já se fizera presente na batalha onde seu escolhido Abrão se envolveu, dando-lhe vitória. A partir da Lei, a presença de Deus seria garantida para proteger e garantir as futuras vitórias.
            Vemos que esta promessa é garantia mas também é condicional. Para que o Senhor dos Exércitos lhes desse a vitória, havia a condição de que eles cressem nesta promessa. Era a condição da fé que se apresentava desde as primeiras batalhas e que é um princípio irrevogável tanto na Lei quanto na Graça. A presença de Deus nas batalhas sempre exigiu a fé para se manifestar de maneira positiva.
            Em toda a história de Israel teremos este princípio regendo as batalhas. Desde as primeiras até as últimas batalhas, sempre foi e será imprescindível uma fé firme.
            A fé em Deus garante a vitória pois demonstra uma qualidade irrevogável na vida de um cristão, que é a humildade. Crer que é Deus quem nos garante a vitória é sinal de humildade e sabemos que isto faz parte das “Bem aventuranças”.

Bem-aventurados os humildes, pois eles receberão a terra por herança.

            Receber a terra por herança é uma promessa que se cumpre de formas aparentemente diferentes na Antiga e na Nova Alianças, mas espiritualmente parecidíssimas.
Na antiga aliança, esta herança deveria ser conquistada principalmente em campanhas militares, onde a coragem era importante, mas a fé no sobrenatural era a maior exigência. Deus operava de maneiras maravilhosas e surpreendentes, dando vitórias das maneiras mais inusitadas possíveis.
Circular muros, tocar trombetas, quebrar vasos, gritar, etc. Muitas vitórias foram alcançadas de maneiras que os próprios hebreus ficavam atônitos, quanto mais os inimigos.
Na nova aliança, coragem e fé continuam sendo os elementos principais na vida dos guerreiros. As campanhas continuam sendo militares, pois são lideradas pelo mesmo General e continuamos utilizando uma armadura. Não a armadura pesada e de difícil manuseio, como a de Saul, mas nos revestimos da mesma armadura que Davi estava vestido quando foi à batalha contra Golias. A armadura espiritual que Paulo descreve foi a mesma de Davi e a vitória é garantida da mesma maneira; Inusitada.
Se nossa atitude for a mesma de Davi, teremos o mesmo resultado:

E Davi disse ao filisteu: "Você vem contra mim com espada, com lança e com dardo, mas eu vou contra você em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem você desafiou. Hoje mesmo o Senhor o entregará nas minhas mãos, e eu o matarei e cortarei a sua cabeça. Hoje mesmo darei os cadáveres do exército filisteu às aves do céu e aos animais selvagens, e toda a terra saberá que há Deus em Israel.
Todos que estão aqui saberão que não é por espada ou por lança que o Senhor concede vitória; pois a batalha é do Senhor, e ele entregará todos vocês em nossas mãos".

Vemos que Davi iniciou a batalha no momento em que decidiu honrar ao Deus de Israel, crendo na vitória, mesmo que parecesse impossível aos olhos de todo o povo.
Observe a armadura que Paulo descreve e olhe para Davi. Veja que qualquer coincidência não é mera semelhança.

Assim, mantenham-se firmes, cingindo-se com o cinto da verdade, vestindo a couraça da justiça e tendo os pés calçados com a prontidão do evangelho da paz.
Além disso, usem o escudo da fé, com o qual vocês poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno. Usem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.

Davi tinha plenamente todos estes elementos em sua vida diária e por isto, deixou de lado a armadura de Saul e foi ao encontro do inimigo com as suas próprias roupas.
É isto que Deus espera de cada um que se envolve nas batalhas da nova aliança. Não apenas procurar vestir uma capa de espiritualidade sempre que surgem as dificuldades, mas sim, estar sempre revestidos com toda a armadura de Deus, para que sempre estejamos aptos à batalha e resistir com firmeza.
Assim como a nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas contra inimigos espirituais, estes mesmos inimigos que enviavam soldados de carne e sangue contra o povo de Deus, se adaptaram e atacam de maneira bastante sutil, utilizando armas espirituais malignas. O campo de batalha da antiga aliança era principalmente o mundo físico, procurando o extermínio de Israel pela força bruta, utilizando de sutilezas espirituais como estratégias em momentos oportunos para enfraquecer física e moralmente. Desde a vitória de Cristo na cruz, a batalha tomou um rumo novo, sendo totalmente espiritual. Mesmo quando parece que somos atacados por pessoas até mesmo muito próximas em nosso círculo afetivo, não passa de estratégias das trevas para nos enfraquecer.
A chave para a vitória nas batalhas da nova aliança continua sendo a mesma: Coragem e fé. No contexto da armadura espiritual em Efésios, o início, no verso 10 e o fim do contexto, no verso 18 nos ensinam isto:

Finalmente, fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder.
Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos.

            O verso 10 aponta para a Lei da guerra que Deus dera a Moisés e o verso 18, nos mostra como aplicar efetivamente este preceito. Crer em Deus e seguir a orientação contínua do Espírito Santo é a nossa maneira de lutar atualmente.
            Deus mudou a forma de atuar em nossas vidas, fazendo morada em nós através de Seu Espírito. Isto mudou drasticamente o campo de batalha e forçou o inimigo a se adaptar também.
            Após tantos séculos de mortes sem alcançar resultados, as potestades perceberam que a estratégia mais eficaz seria insistir em apresentar a armadura de Saul e fazer com que os guerreiros de Deus se tornassem ineficientes, mal podendo sair do lugar com tanto peso sobre os ombros.

            Outro grande exemplo de fé e coragem foi Neemias, quando enfrentava as dificuldades para reconstruir os muros de Jerusalém. Diante dos ataques de seus inimigos, encorajou o povo a crer em Deus e lutar:

Fiz uma rápida inspeção e imediatamente disse aos nobres, aos oficiais e ao restante do povo: "Não tenham medo deles. Lembrem-se de que o Senhor é grande e temível, e lutem por seus irmãos, por seus filhos e por suas filhas, por suas mulheres e por suas casas".
Neemias: 4:14


Intercessão de hoje:
Que todos recebamos entendimento sobre o poder de Deus e o meio correto de ter este poder à nossa disposição em qualquer batalha.
Fé e coragem.
Que o povo de Deus se desfaça da armadura de Saul e seja revestido de toda a armadura de Deus.


Oro para que, com as suas gloriosas riquezas, ele os fortaleça no íntimo do seu ser com poder, por meio do seu Espírito, para que Cristo habite em seus corações mediante a fé; e oro para que vocês, arraigados e alicerçados em amor, possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus.

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