28 abril 2016

Exército de Deus - Parte 05 - Desfrutando da vinha




Há alguém que plantou uma vinha e ainda não desfrutou dela? Volte ele para sua casa, para que não morra na guerra e outro desfrute da vinha.


            Nas partes anteriores desta série de estudos em Deuteronômio:20, já vimos que a confiança plena em Deus é o ponto inicial e também a sustentação para a vida de intercessão.  Ele sai à nossa frente nas batalhas e garante a vitória de maneiras inusitadas, causando espanto nos inimigos e até em nós mesmos.
            Quando alguém se decide a ser um intercessor, há vários pontos em sua vida que serão provados e aprimorados pelo Senhor, na intenção de transformar esta decisão em um novo meio de vida eficaz contra as forças espirituais do mal.
            Qualquer cristão pode tomar esta decisão, mas não muitos passarão pelas provas.
            Na reflexão anterior, vimos a questão da dedicação da casa nova, ou seja, a comunhão com o Espírito Santo que faz morada em nós e é o guia em todos os direcionamentos de intercessão. Este ponto é extremamente importante, pois se a Palavra de Deus é o mapa que devemos seguir na vida Cristã, o Espírito é o guia que nos desvendará o mapa e mostrará o caminho.
            Nesta reflexão, veremos outro ponto que será grandemente provado na vida do intercessor:

Desfrutar a vinha

            Nos termos práticos em que esta ordem foi pronunciada fica até fácil entender, mas a questão aqui é trazer os preceitos da Lei da Guerra, dos tempos de Moisés para os tempos da Graça.
            Um soldado não deveria morrer em batalha, antes de desfrutar da vinha que havia plantado, pois outro certamente desfrutaria em seu lugar.
            Em termos práticos, este fato seria um grande empecilho para o soldado, pois a preocupação com as coisas que ficaram por ser consumadas em sua vida acabariam consumindo sua mente e desviando do propósito da batalha.
            Na Lei da Guerra, há três pontos com este mesmo propósito: A edificação da casa nova, o desfrute da vinha e a consumação do casamento. Qualquer um destes pontos que não estivesse resolvido antes da batalha, tornaria o soldado incapaz de dedicar-se totalmente à causa comum.
            Para o povo de Israel, estes pontos eram intimamente ligados à questão da herança tribal. A casa, a vinha e a descendência tinham grande importância na cultura judaica e deveria continuar assim em qualquer cultura e em qualquer época, mas a sociedade decadente perdeu totalmente os valores sadios, trocando-os por objetivos fúteis e egoístas. Em cada questão, havia a preocupação de que outro tomasse o lugar de direito e é aí que chegamos ao elo que liga estas questões aos nossos dias. Se não formos aprovados em um destes pontos em nossas vidas, o outro, que no nosso caso é o Diabo, tomará o lugar de Deus e nos destruirá.
            Aparentemente seriam apenas três questões simples de se resolver, mas se fosse assim, não teriam o poder de desqualificar um soldado, sem questionamento.
            Desfrutar da vinha que plantou é muito mais complexo do que parece, se olharmos com amor e seriedade.
            Olhando sequencialmente, veremos que se trata da evolução da vida cristã; Dedicar a casa aponta para a compreensão da presença do Espírito Santo em nós e desfrutar da vinha, nos fala sobre a transformação que o Espírito opera.
            Se somos guiados pelo Espírito e nos tornamos trabalhadores na vinha do Senhor, temos o direito e posso dizer que o dever de desfrutar dos frutos do nosso trabalho.
            O grande exemplo que devemos ter em mente é o Senhor Jesus. Quando iniciou o seu ministério entre os homens, Ele fez esta declaração:

"O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor". Então ele fechou o livro, devolveu-o ao assistente e assentou-se. Na sinagoga todos tinham os olhos fitos nele; e ele começou a dizer-lhes:
"Hoje se cumpriu a Escritura que vocês acabaram de ouvir".
           
            Esta é a missão que o Senhor cumpriu em seus dias e passou para a Igreja dar continuidade.
            Da mesma maneira que Jesus realizou tudo isto sob a direção do Espírito, nós também podemos realizar, pois o Espírito faz morada em nós por esta razão.
            Esta é a tarefa que é simbolizada pela vinha, nos tempos da graça. O Reino de Deus é comparado a uma vinha e nós, assim como o próprio Senhor, somos os trabalhadores desta vinha.
            O texto acima relata o início do ministério público do Senhor, após vencer Satanás no deserto e começar a expansão do Reino de Deus.
            Agora quero que possamos refletir com toda a sinceridade: Será que não devemos ser os primeiros a desfrutar da vinha, ou seja, das bênçãos que pregamos e da implantação do Reino de Deus?
            Infelizmente, não é isto que vemos como padrão na Igreja de nossos dias mas, graças a Deus, isto está sendo trabalhado pelo Senhor.
            Como trabalhadores do Reino, temos o direito de viver a vida cheia de poder e graça que pregamos ao mundo.
            Se não desfrutarmos das bênçãos de sermos servos do Rei, como poderemos proclamar estas bênçãos para a vida de outros?
            Se deixamos o “outro” desfrutar da nossa vinha, como poderemos oferecer o fruto da colheita aos que estão necessitados?
            O Diabo é extremamente astuto e hábil em nos afastar de nossos direitos para nos enfraquecer e incapacitar, mas o Senhor está nos alertando exatamente para isto.
            Se nos deixarmos enganar pelas armadilhas do Diabo, seremos apenas cegos tentando guiar cegos!
            É hora de despertar e desfrutar das bênçãos que o Senhor quer nos dar, para depois podermos compartilhar com o mundo e executar a obra de Deus. A propósito, esta é nossa missão. Viver a obra de Deus em nossa vida e então, compartilhar.
            Para entender, veja a definição que o Senhor dá sobre a realização da obra de Deus:

Então lhe perguntaram: "O que precisamos fazer para realizar as obras que Deus requer? " Jesus respondeu: "A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou".

            Se não cremos em Jesus para desfrutar das bênçãos, o que teremos para compartilhar?
            Jesus nos deu mais do que bênçãos. Ele nos deu a sua própria vida e nos capacitou, através do Espírito Santo, a compartilhar esta vida com o mundo e expandir Seu Reino.

"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda. Vocês já estão limpos, pela palavra que lhes tenho falado. Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Vocês também não podem dar fruto, se não permanecerem em mim.
"Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma. Se alguém não permanecer em mim, será como o ramo que é jogado fora e seca. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados. Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido.

            Se desfrutamos da vinha, permanecemos no Senhor e teremos frutos para compartilhar, mas se não desfrutarmos, estaremos desligados do Senhor e seremos cortados.

Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Contra estas coisas não há lei.
E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito.

Gálatas 5:22-25

Intercessão de hoje:

Vamos interceder pela Igreja do Senhor Jesus, para que todos venham a entender e desfrutar de seus direitos, e assim, tenham frutos em abundância para compartilhar.





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