21 março 2016

Exército de Deus - Parte 02 - As Leis sobre a guerra






Os conselhos são importantes para quem quiser fazer planos,
e quem sai à guerra precisa de orientação.
Provérbios 20:18



            Após exercer juízo sobre os deuses egípcios, Deus levou seu povo através do deserto e deu-lhes a Lei. Entre os preceitos da Lei, temos as leis sobre a guerra, detalhadas em Dt 20.
            Toda a vida dos Israelitas deveria ser dirigida com base nos mandamentos que Deus entregou-lhes através de Lei. Nenhuma área da vida ficou de fora, pois Deus se preocupou com detalhes que muitas vezes passariam despercebidos se os homens tivessem idealizado todos os pormenores.
            Um ponto extremamente importante para a sobrevivência da nação é a parte da Lei que trata da guerra, pois mostra detalhadamente como deveriam se portar para que o Senhor realmente batalhasse a favor deles. Vamos ler o texto completo e depois olharemos mais de perto cada ponto:

Quando saíres à peleja contra teus inimigos, e vires cavalos, e carros, e povo maior em número do que tu, deles não terás temor; pois o SENHOR teu Deus, que te tirou da terra do Egito, está contigo.
E será que, quando vos achegardes à peleja, o sacerdote se adiantará, e falará ao povo, E dir-lhe-á: Ouvi, ó Israel, hoje vos achegais à peleja contra os vossos inimigos; não se amoleça o vosso coração: não temais nem tremais, nem vos aterrorizeis diante deles, Pois o Senhor vosso Deus é o que vai convosco, a pelejar contra os vossos inimigos, para salvar-vos.
Então os oficiais falarão ao povo, dizendo:
Qual é o homem que edificou casa nova e ainda não a consagrou? Vá, e torne-se à sua casa para que porventura não morra na peleja e algum outro a consagre.
E qual é o homem que plantou uma vinha e ainda não a desfrutou? Vá, e torne-se à sua casa, para que porventura não morra na peleja e algum outro a desfrute.
E qual é o homem que está desposado com alguma mulher e ainda não a recebeu? Vá, e torne-se à sua casa, para que porventura não morra na peleja e algum outro homem a receba.
E continuarão os oficiais a falar ao povo, dizendo:
Qual é o homem medroso e de coração tímido? Vá, e torne-se à sua casa, para que o coração de seus irmãos não se derreta como o seu coração.
E será que, quando os oficiais acabarem de falar ao povo, então designarão os capitães dos exércitos para a dianteira do povo.
Quando te achegares a alguma cidade para combatê-la, apregoar-lhe-ás a paz. E será que, se te responder em paz, e te abrir as portas, todo o povo que se achar nela te será tributário e te servirá. Porém, se ela não fizer paz contigo, mas antes te fizer guerra, então a sitiarás.
E o Senhor teu Deus a dará na tua mão; e todo o homem que houver nela passarás ao fio da espada. Porém, as mulheres, e as crianças, e os animais; e tudo o que houver na cidade, todo o seu despojo, tomarás para ti; e comerás o despojo dos teus inimigos, que te deu o Senhor teu Deus.
Assim farás a todas as cidades que estiverem mui longe de ti, que não forem das cidades destas nações. Porém, das cidades destas nações, que o Senhor teu Deus te dá em herança, nenhuma coisa que tem fôlego deixarás com vida. Antes destruí-las-ás totalmente: aos heteus, e aos amorreus, e aos cananeus, e aos perizeus, e aos heveus, e aos jebuseus, como te ordenou o Senhor teu Deus. Para que não vos ensinem a fazer conforme a todas as suas abominações, que fizeram a seus deuses, e pequeis contra o Senhor vosso Deus.
Quando sitiares uma cidade por muitos dias, pelejando contra ela para a tomar, não destruirás o seu arvoredo, colocando nele o machado, porque dele comerás; pois que não o cortarás (pois o arvoredo do campo é mantimento para o homem), para empregar no cerco. Mas as árvores que souberes que não são árvores de alimento, destruí-las-ás e cortá-las-ás; e contra a cidade que guerrear contra ti edificarás baluartes, até que esta seja vencida.

            O primeiro ponto que o Senhor traz para Seu povo é a garantia de Sua supremacia sobre qualquer inimigo, não importando quão grande este inimigo possa parecer aos olhos humanos.
            Em seguida, ordens que serão delegadas por grupos específicos, começando pelo sacerdote e oficiais que darão instruções específicas e depois ordenarão capitães que irão adiante do povo.
            As palavras do sacerdote serão de encorajamento, afirmando que não deverão temer, pois o próprio Senhor irá adiante deles. Os oficiais deverão se dirigir a grupos específicos, com o intuito de separar os que não estão aptos para a peleja.
            Qualquer soldado que se envolvesse na batalha, deveria estar pronto para morrer ou viver em nome do Senhor. As preocupações pessoais somente atrapalhariam e desviariam o foco. Todos deveriam ter sua herança garantida, para o caso de não voltarem com vida.
            O primeiro ponto é a edificação de sua casa, depois a possessão de sua terra e então, a consumação de seu casamento. Cada soldado deveria estar com sua vida resolvida para garantir que seu nome seria continuado entre a nação.
            Após tratar estes pontos da vida social, vinham os sentimentos pessoais. O medo e a timidez deveriam ser erradicados, pois poderiam contaminar aos demais e enfraquecer todo o exército.
            As ordens dadas através do sacerdote e dos oficiais são uma maravilhosa figura da preparação que os líderes devem ministrar à Igreja do Novo Testamento, quando estas ordenanças serão requisitos essenciais para os que se envolverão na Batalha Espiritual e Intercessão.
            Após a seleção dos soldados aptos, vêm as ordenanças sobre como devem proceder durante a batalha propriamente dita.
            Ao chegar perante uma cidade, deveriam apregoar a paz. Se as portas fossem abertas em paz, todo o povo seria levado como escravo. Se não houvesse paz, sitiariam a cidade e matariam ao fio da espada todos os homens com idade para lutar. As mulheres e crianças seriam tomadas como escravas e todos seus bens, inclusive os animais, tomados como despojo.
            Se a cidade a ser tomada fizesse parte da possessão que o Senhor ordenara para Seu povo, haveria diferenciação para o procedimento.
            Nestas cidades de possessão, não haveria escravos. Toda a vida seria destruída, tanto pessoas como animais sem exceção.
            Esta parte da Lei diz respeito ao juízo de Deus sobre a iniquidade. Nas cidades comuns, onde a guerra seria travada mas não haveria possessão após a batalha, matariam somente os homens que fossem ameaça posteriormente, mas nas cidades que seriam habitação permanente, nada que tivesse vida seria poupado. Seriam erradicados também os costumes locais.
            Por último, o Senhor dá ordens sobre as árvores que estariam ao redor destas cidades. Se houvessem frutos, não seriam cortadas e os frutos seriam aproveitados para mantimento  e as árvores que não tivessem frutos, seriam cortadas e a madeira aproveitada no cerco.
            Nas próximas reflexões, serão abordados todos os temas desta Lei sobre a guerra, à luz do que está escrito em Hebreus:

            A Lei traz apenas uma sombra dos benefícios que hão de vir, e não a realidade dos mesmos. Por isso ela nunca consegue, mediante os mesmos sacrifícios repetidos ano após ano, aperfeiçoar os que se aproximam para adorar.
           
            Isto vale não apenas para as Leis cerimoniais, mas também para os outros pontos da Lei, pois na realidade, toda a Lei aponta para Cristo e Sua Igreja.
            Com a Lei sobre a guerra não pode ser diferente. Cada ponto nos mostra uma realidade espiritual para a era da Graça.
            Para erradicar qualquer dúvida, observe os três pontos tratados sobre os soldados que seriam aptos:
            1 - Casa
            2 - Herança territorial
            3 - Casamento.
           
            Podemos observar esta sequência na vida cristã:

            1 - O homem nasce de novo e passa a ser Casa de Deus;
            2 - Deixa de pertencer ao império das trevas e passa a ser integrante do reino de Deus;
            3 - Torna-se noiva do cordeiro.

            As regras que deveriam ser seguidas com relação à batalha também é muito significativa como figura dos bens futuros, pois nos mostra como se desenvolve a batalha espiritual de maneira detalhada.
            Veremos tudo isto detalhadamente conforme o Espírito nos conceder que vejamos.
           
           
Estas coisas são sombras do que haveria de vir;
a realidade, porém, encontra-se em Cristo.
Colossenses 2:17


Intercessão de hoje:
Senhor, nos dê mais entendimento e conselhos para que possamos participar realmente de Tuas batalhas.





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