02 agosto 2016

A PEDRA - Construindo uma torre de vigília

Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.




A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular.
Salmos 118:22



            Em toda a Palavra de Deus, encontramos diversas figuras que apontam para o futuro, representando profeticamente as coisas que viriam a acontecer não apenas com referencia a Israel, mas também a povos específicos e, algumas vezes, trazendo figurações sobre o Reino de Deus, o Cristo e a Igreja.
            Observaremos agora uma figura que está presente em várias passagens, podendo simbolizar fé, o Cristo ou então, o Reino de Deus:  A Pedra
            Vamos olhar para algumas destas figurações e procurar construir uma base para nossa vida, aprendendo com a Palavra de Deus e buscando as aplicações para a intercessão.
            De figura em figura, edificaremos nossa Torre de Vigília.


A figura de fé e ousadia na Pedra que Davi lançou contra Golias.
(Fé e ousadia)



E Davi pôs a mão no alforje, e tomou dali uma pedra e com a funda lhe atirou, e feriu o filisteu na testa, e a pedra se lhe encravou na testa, e caiu sobre o seu rosto em terra.

            Para quem não é familiarizado com batalhas de oração, esta afirmação soará estranha, mas a vida de oração não fará sentido algum sem o entendimento desta figura.
            Quando lemos o texto completo sobre o confronto entre Israel e os Filisteus, nossa fé é provada várias vezes, pois nos é apresentado um jovem pastor de ovelhas com força física e espiritual incomuns. Um homem sozinho enfrentando um urso ou um leão é uma luta desigual, pois os animais participantes desta história são praticamente imbatíveis, mesmo para vários homens juntos, mas isto nos mostra que Davi não era um homem comum, mas era sim um homem cheio de fé e guiado pelo Espírito de Deus.
            Muitos de nós, senão a maioria quase totalitária terá a mesma reação dos irmãos de Davi, quando este se apresentou para enfrentar o gigante, pois certamente eles não viram as batalhas anteriores, travadas solitariamente nos campos, na companhia somente das ovelhas.
            Foi na solidão das pastagens que o Senhor fortaleceu não somente o braço daquele jovem pastor, mas também fortaleceu seu espírito, dando-lhe a ousadia de quem sabe que não está lutando uma batalha particular, mas está na verdade, sendo instrumento do próprio Senhor dos Exércitos.
            Coragem e ousadia não são qualidades que se aprende e se desenvolve nos tempos de paz, mas é no calor das pequenas batalhas diárias que crescemos e avançamos para desafios maiores.
            O dia a dia do jovem pastor não era muito fácil, pois cuidar de ovelhas não é uma tarefa simples como muitos pensam. É necessário estar em constante movimento, fugindo de predadores e buscando pastagens apropriadas e água fresca, pois sem isto, as ovelhas se tornarão agitadas e até mesmo incontroláveis. Em pouco tempo, começarão a se dispersar e a perda será total.
            Lendo os escritos de Davi,  descobriremos como é             que ele aprendeu a resolver o grande problema de pastagens, água e até mesmo as técnicas de condução e segurança do rebanho:

O Senhor é o meu pastor; de nada terei falta.
Em verdes pastagens me faz repousar e me conduz a águas tranquilas;

            Nos versos do Salmo 23, vemos um homem que anda com Deus em todas as situações, contemplando o agir do Pai mesmo nos pequenos detalhes do dia a dia e aprendendo sempre. Davi sabia que Deus estava ali com ele naquelas pastagens e estaria em qualquer lugar onde sua fé mantivesse esta ligação contínua com os céus. Encontrar as melhores pastagens exigia oração e ação; no caso das águas tranquilas também, pois era necessário estar sensível à direção dada pelo Espírito, ou então, a oração seria inútil. Cada vez que seguimos a direção de Deus e encontramos a resposta certa, crescemos em fé e ousadia, nos tornando aptos para maiores desafios, mas se não seguimos a direção e insistimos em seguir nossa própria vontade, acabamos nos frustrando e destruindo a comunhão com o Espírito. O mais prejudicial destas situações de rebeldia é que, quando sofremos as perdas, culpamos ao deus que não seguimos quando deveríamos.
As lições tiradas do cuidado de Deus são o combustível que inflama a ousadia e a coragem para enfrentar as batalhas que surgirem no percurso da vida e é exatamente isto o que aconteceu naquele dia, onde a vida colocou Davi frente a frente com Golias.
Antes de vencer o gigante que afrontava o povo, Davi teve de vencer os seus próprios desafios, matando o urso e o leão, que simbolizam a libertação pessoal e a cura interior antes de lutar batalhas maiores e que envolvem outras pessoas. 
Neste dia, a Palavra nos mostrou a diferença entre confiar em Deus ou nas próprias forças. Saul ofereceu uma armadura de guerra, mas Davi preferiu a armadura que usava no dia a dia, quando aprendeu a seguir a direção de Deus e viu o leão e o urso sucumbirem.
A resposta de Davi perante a provocação de Golias é a chave para entendermos o desfecho da batalha:

E Davi disse ao filisteu: "Você vem contra mim com espada, com lança e com dardo, mas eu vou contra você em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem você desafiou.

O valente pastor sabia que a batalha só poderia ser vencida por Deus, pois a afronta dos filisteus era muito mais do que os assustados israelitas podiam ver. O que estava acontecendo na realidade era um confronto entre os exércitos celestiais e as potestades do mal.
Da mesma maneira que tinha consciência de que foi Deus quem lhe deu vitória nas batalhas em busca de pasto, água, condução das ovelhas e na defesa do rebanho contra os predadores, Davi confiava de todo o coração que nesta batalha não seria diferente. Somente a confiança total no Senhor dos Exércitos seria suficiente para ver a vitória e foi exatamente o que aconteceu.
Girar a funda e arremessar a pedra com tamanha força e perfeição foi o que os olhos naturais puderam ver, mas a realidade é muito maior do que isto. Deus estava provando para os israelitas e também para os filisteus, que as batalhas são travadas pelos homens, mas a vitória acontece primeiramente no mundo espiritual e então se concretiza no mundo físico. Primeiramente, Davi derrotou o medo, a incredulidade e a autossuficiência, para então liberar o poder de Deus e destruir as forças do mal.
Nesta batalha, a Pedra representa a fé e ousadia de um simples pastor que confiou plenamente no Deus de Israel e quebrou as maldições.
Aplicando estes aprendizados à intercessão, vemos que o Senhor nos ensina diariamente a confiar na sua direção e proteção, nos fortalecendo e preparando para enfrentar as batalhas que nos serão apresentadas, avançando e crescendo diariamente, conforme aplicamos as lições aprendidas.
Fé, ousadia e confiança são fundamentos que dão início na edificação da nossa vida de intercessão, sendo a diferença entre os chamados e os escolhidos.
Antes de dar início à edificação, é necessário encontrar o terreno onde nossa Torre de Vigília será edificada e este terreno é exatamente o Reino de Deus, pois no império das trevas, nada pode ser edificado.
Para fazer a escolha, vamos dar uma olhada nesta figura maravilhosa que nos mostra grandes verdades sobre o Reino de Deus como terreno onde edificaremos:
           
A figura do Reino de Deus na Pedra que destruiu a estátua do sonho de Nabucodonosor.
(Reino de Deus)



Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre, da maneira que viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro; o grande Deus fez saber ao rei o que há de ser depois disto. Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação.

            Esta figura tem um grande significado histórico e teológico, apresentando a história dos grandes reinos que se formaram na história da humanidade de maneira profética, pois nos dias de Daniel, a história destes reinos ainda estava sendo escrita, faltando ainda alguns séculos até a chegada do Império Romano e também a chegada do Reino de Deus.
            Para que possamos aprender com esta figura, devemos ter em conta que as figuras não são expressões exatas quanto aos tempos em que se concretizam, deixando sempre a necessidade de observar tanto a aplicação no mundo normal quanto a aplicação espiritual, em tempos normais e tempos eternos.
            Esta diferenciação de tempos é conhecida na teologia como Chronos e Kairós:

Na filosofia greco-romana, Kairós é a experiência do momento oportuno. Os pitagóricos consideravam Kairós como "oportunidade". Kairos é o tempo em potencial, tempo eterno e não linear, enquanto Chronos é a medida linear de um movimento ou período. Na retórica, Kairos era uma noção central, pois caracterizava "o momento fugaz em que uma oportunidade/abertura se apresenta e deve ser encarada com força e destreza para que o sucesso seja alcançado".
           
            Resumindo os debates filosóficos e teológicos sobre os tempos, o que devemos entender é que as figuras proféticas se concretizam em tempos designados por Deus e não pelos homens, tendo sua concretização em momentos diversos e de maneiras diversas, mas não perdendo nunca seu caráter profético e verdadeiro.
            Com base neste entendimento, vemos que estes reinos foram destruídos figurativamente e historicamente. Com base na história, sabemos que os reinos humanos formados por nações com características de Império, pois cresciam e se sustentavam através de invasões e conquistas, não são mais aceitos dentro das estruturas modernas, mas quando olhamos para o mundo com base na vida espiritual, vemos claramente que a estrutura imperialista das trevas nunca deixou de existir, mas apenas se adaptou através dos séculos, procurando se estender a todos os povos e nações e até mesmo se infiltrando nas comunidades e congregações cristãs.
            Na antiguidade, Deus mantinha sua presença no mundo através de Israel, mas a partir do dia em que a Pedra foi arremessada contra a estátua, o Reino de Deus está espalhado entre os povos e nações:

Mas se é pelo Espírito de Deus que eu expulso demônios, então chegou a vocês o Reino de Deus.

            Este dia foi profetizado durante muitos séculos e por vários mensageiros e finalmente se cumpriu em Jesus, quando o Império das Trevas começou a ser confrontado diretamente pelo Rei da Glória.
            A Lei estava sendo substituída pela Graça, a espada de metal pelo Verbo Vivo e o campo de batalha sairia do mundo físico e seria transportado definitivamente para as regiões celestiais. A profecia de Isaías estava finalmente se cumprindo:

Jesus voltou para a Galiléia no poder do Espírito, e por toda aquela região se espalhou a sua fama. Ensinava nas sinagogas, e todos o elogiavam. Ele foi a Nazaré, onde havia sido criado, e no dia de sábado entrou na sinagoga, como era seu costume. E levantou-se para ler. Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías. Abriu-o e encontrou o lugar onde está escrito:
"O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor".
Então ele fechou o livro, devolveu-o ao assistente e assentou-se. Na sinagoga todos tinham os olhos fitos nele; e ele começou a dizer-lhes:
"Hoje se cumpriu a Escritura que vocês acabaram de ouvir".

            Quando o Senhor fala sobre o dia “Hoje” não está falando do dia em que estava na sinagoga, mas está se referindo ao que os Teólogos chamam de “Dispensação da Graça”.  Particularmente, creio que este é o Sábado se cumprindo na Graça.:

Pois em certo lugar ele falou sobre o sétimo dia, nestas palavras: "No sétimo dia Deus descansou de toda obra que realizara".
E de novo, na passagem citada há pouco, diz: "Jamais entrarão no meu descanso". Entretanto, resta entrarem alguns naquele descanso, e aqueles a quem anteriormente as boas novas foram pregadas não entraram, por causa da desobediência.
Por isso Deus estabelece outra vez um determinado dia, chamando-o "hoje", ao declarar muito tempo depois, por meio de Davi, de acordo com o que fora dito antes: "Se hoje vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração".
Porque, se Josué lhes tivesse dado descanso, Deus não teria falado posteriormente a respeito de outro dia. Assim, ainda resta um descanso sabático para o povo de Deus; pois todo aquele que entra no descanso de Deus, também descansa das suas obras, como Deus descansou das suas.
Portanto, esforcemo-nos por entrar nesse descanso, para que ninguém venha a cair, seguindo aquele exemplo de desobediência.

O marco inaugural deste “Dia chamado Hoje” é difícil de ser especificado, pois há vários eventos que podem ser apresentados como princípios que apontam para o início da Graça e da batalha nas regiões celestiais. Lembra-se da explicação sobre Chronos e Kairós?
            Se olharmos para a profecia do nascimento do Messias, teríamos os eventos relacionados ao nascimento de Jesus:

No sexto mês Deus enviou o anjo Gabriel a Nazaré, cidade da Galiléia, a uma virgem prometida em casamento a certo homem chamado José, descendente de Davi. O nome da virgem era Maria. O anjo, aproximando-se dela, disse: “Alegre-se, agraciada”! O Senhor está com você! “Maria ficou perturbada com essas palavras, pensando no que poderia significar esta saudação”.
Mas o anjo lhe disse: "Não tenha medo, Maria; você foi agraciada por Deus! Você ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo. O Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi, e ele reinará para sempre sobre o povo de Jacó; seu Reino jamais terá fim".

Mas se focarmos na Páscoa, poderíamos fixar o marco inaugural do Reino nos dias do batismo de Jesus no rio Jordão, quando João Batista revelou a figura do cordeiro de Deus:

Tudo isso aconteceu em Betânia, do outro lado do Jordão, onde João estava batizando. No dia seguinte João viu Jesus aproximando-se e disse:
"Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!

            Há vários indícios para que fixemos a data do estabelecimento do Reino de Deus e não podemos afirmar se há erros ou acertos em quaisquer afirmações. Pessoalmente, gosto muito de estabelecer uma relação entre o início do Reino e a mudança do sacerdócio.
            Para entender esta relação, vejamos a afirmação de Pedro:

Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.

            O Apóstolo está afirmando que todos os cristãos são sacerdotes, chamados das trevas para a luz. Esta é uma afirmação que diferencia o sacerdócio da Lei e o sacerdócio da Graça e é representado na vida do cristão pelo batismo nas águas.
            Muito se pode aprender sobre o batismo nas águas e esta é a lição que o Senhor me mostrou quando comecei a buscar entendimento sobre a intercessão.
            Aplicar o batismo nas águas ao sacerdócio me mostrou a verdadeiro posicionamento do cristão em referencia ao Reino de Deus e o Império das Trevas.
            Esta aplicação inclui a figura do tabernáculo, onde o sacerdote precisava se lavar na bacia para poder realizar seu ofício. Na mudança do sacerdócio, o batismo é a figura da bacia de purificação. Quando João Batista trocou o templo pelo deserto, estava tirando o ofício sacerdotal de dentro das paredes do templo e trazendo para o meio do povo, pois sendo filho do Sacerdote Zacarias, tinha o direito de exercer seu ofício no templo.
            Através de João Batista, Deus estava transferindo o sacerdócio para todos aqueles se se purificassem através do batismo. Esta figura é tão importante que até mesmo o Senhor Jesus passou pelo batismo nas águas, antes de iniciar seu ministério.
            Uma vez que todos os cristãos são sacerdotes, toda a parte cerimonial da Lei se cumpriria no dia em que o Sumo Sacerdote entrasse definitivamente no Lugar Santíssimo, ou seja, nas regiões celestiais que Paulo descreve em Efésios:

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo.
Esse poder ele exerceu em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e fazendo-o assentar-se à sua direita, nas regiões celestiais,
A intenção dessa graça era que agora, mediante a igreja, a multiforme sabedoria de Deus se tornasse conhecida dos poderes e autoridades nas regiões celestiais,
pois a nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais.

            Na Lei, o sacerdote se colocava entre Deus e o povo para realizar os ofícios necessários mas na Graça, todos somos sacerdotes, nos apresentando pessoalmente para o ofício e batalhando juntamente com nosso Sumo Sacerdote, nas regiões celestiais. Este é o Reino de Deus se alinhando entre o céu e a terra, através do ofício sacerdotal que é a INTERCESSÃO:

Vocês, orem assim: ‘Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.

            Se a nossa Torre de Vigília não estiver estabelecida no Reino de Deus, fazendo a ligação entre a vontade de Deus nos céus e na terra, então estará submersa no império das trevas e será mais uma Torre de Babel.
           
            Agora que já aprendemos que a fé, coragem e ousadia são os materiais básicos para o início da edificação e o Reino de Deus é o local onde a Torre de Vigília será edificada, veremos como será o início da construção e o que realmente será edificado.


A figura da Igreja edificada na Pedra angular.
(Jesus é a Pedra Angular)



E eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la.
Mateus 16:18

            A pedra sobre a qual o Senhor edificou a Igreja certamente não foi Pedro, como alguns dizem, mas Jesus se referia à declaração proferida pelo próprio Pedro:

Simão Pedro respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo".

            Esta é a fase real de edificação da nossa Torre de Vigília. Iniciou-se quando respondemos ao chamado juntamente com Davi, solitários nos campos de pastoreio, aprendendo a confiar em Deus. Após sermos escolhidos, aprendemos com Daniel e Nabucodonosor a diferenciar o local correto para estabelecer a edificação, pois os reinos deste mundo são passageiros e só o Reino de Deus é eterno.
Agora podemos finalmente começar a edificação, mas, antes de começar, vamos buscar conselho com o verdadeiro edificador, que é o Senhor Jesus:

"Qual de vocês, se quiser construir uma torre, primeiro não se assenta e calcula o preço, para ver se tem dinheiro suficiente para completá-la?
Pois, se lançar o alicerce e não for capaz de terminá-la, todos os que a virem rirão dele, dizendo: ‘Este homem começou a construir e não foi capaz de terminar’.

            Graças a Deus que nos lembramos de pedir conselho antes de começar, pois não queremos virar piada na boca dos principados e potestades e isto infelizmente acontece com muitos dos que se propõe a edificar, mas não buscam primeiramente o conselho do Senhor, ou seja, não se firmam no estudo contínuo da palavra de Deus e na comunhão com o Espírito Santo e com o povo de Deus.
            Quando o Senhor disse que as portas do inferno não prevalecem sobre a Igreja, estava falando em Igreja no coletivo e não apenas indivíduos que formam a Igreja. Isto deixa claro que o Hades poderia prevalecer sobre um indivíduo, se este não estivesse em comunhão com outros e realmente integrasse a Igreja.
            O conselho sobre a edificação encontrado no evangelho de Lucas é extremamente importante, pois estabelece as condições que devem ser seguidas para evitar o fracasso.
Primeiramente, se sentar e calcular os custos, para ver se poderão terminar nos faz pensar em nossa disposição para o trabalho, nossos recursos espirituais para realizar o trabalho e, porque não mencionar, a motivação.

A disposição se refere ao quanto estamos dispostos a negar de nós mesmos e seguir o Caminho proposto. Santificação, oração, renúncia, altruísmo, amor... Todas estas coisas tem um alto custo que poucos estão dispostos a pagar:

Jesus respondeu: "Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus".

Recursos significam o que recebemos diretamente dos céus, através da busca diária por conhecer mais e mais ao Pai. Graça, Amor, Dons... Tudo vem de Deus:
           
Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes.

            Motivação nos fala também em amor e humildade, pois somente motivados pelo verdadeiro amor podemos nos tornar humildes ao ponto de imitarmos a mesma atitude que o Senhor seguiu desde o início:

Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens.
E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.

            Somente após aprendermos as lições do construtor, estaremos aptos a iniciar a obra.


Portanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular, no qual todo o edifício é ajustado e cresce para tornar-se um santuário santo no Senhor. Nele vocês também estão sendo juntamente edificados, para se tornarem morada de Deus por seu Espírito.

            Eis agora a maravilhosa surpresa: a edificação somos nós mesmos. Somos o edifício onde Deus habita e somos a torre plantada pelo Pai. Como Igreja, somos a unidade perfeita com Cristo, o Espírito e o Pai.

O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é a nossa torre segura.

Tudo o que tenho é teu, e tudo o que tens é meu. E eu tenho sido glorificado por meio deles. Não ficarei mais no mundo, mas eles ainda estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, protege-os em teu nome, o nome que me deste, para que sejam um, assim como somos um.

Vocês não sabem que são santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês?

            Somo a casa de Deus edificada sobre o fundamento que é o próprio Cristo e por isto devemos dar continuação ao Ministério do Senhor, pois além de casa, somos o corpo de Cristo:

Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo.

Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.

Quem os condenará?
Foi Cristo Jesus que morreu; e mais,
que ressuscitou e está à direita de Deus,
e também intercede por nós




Ó Brasil, eu coloquei vigias sobre os seus muros.
Eles vão orar a Deus sem parar, pedindo que Ele cumpra suas promessas.
Vocês, vigias, orem sem parar, não se entreguem ao repouso,
não lhe deem descanso até Ele firmar o Brasil
e torná-lo famoso e respeitado por toda a terra.
Isaías 62:6-7


Marcelo Tristão de Souza
Guamaré/RN



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 Escrever impulsionado pelo amor à Palavra de Deus é ter o privilégio de ser o primeiro a ler.
John Bevere

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