26 setembro 2016

Confiança




 Os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se pode abalar, mas permanece para sempre.
Salmo 125:1


            O texto acima, no Salmo 125 revela uma verdade que deveria estar entranhada na vida de todos os cristãos, mas muitas vezes, a letra de uma música equivocada tem mais valor do que a Palavra de Deus.
            A diferença entre o Salmo e a letra da música é sútil mas desvaloriza totalmente o ensino completo do contexto. Monte e montes seria apenas uma questão de plural e singular, se não estivesse se referindo à um local tão importante teologicamente.
            Infelizmente, este pequeno erro revela o desinteresse pela leitura e meditação Bíblica, transformando a confiança em Deus em algo banal como confiar em simples montanhas.
            Vamos olhar de perto o que o salmista estava expressando com o conteúdo completo deste maravilhoso Salmo, e veremos a diferença entre o Monte e os montes:

Os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se pode abalar, mas permanece para sempre.
Como os montes cercam Jerusalém, assim o Senhor protege o seu povo, desde agora e para sempre.
O cetro dos ímpios não prevalecerá sobre a terra dada aos justos, se assim fosse, até os justos praticariam a injustiça.
Senhor, trata com bondade aos que fazem o bem, aos que têm coração íntegro.
Mas aos que se desviam por caminhos tortuosos, o Senhor dará o castigo dos malfeitores. Haja paz em Israel!

            Lendo todo o salmo, vemos que é a confiança no Senhor que nos traz a firmeza necessária para que possamos viver em segurança. Os justos confiam no Senhor e buscam a Paz em Israel, mas os injustos se desviam e depositam a confiança em coisas terrenas fúteis.
            Por isto, tenha certeza de que a diferença de monte e montes vai muito além de um simples “s”.
              O Monte Sião é o local onde estava o Templo. Local de adoração onde se encontrava a Arca da Aliança e a presença de Deus entre o povo. Por isto, a expressão usada pelo salmista indica que a confiança deve ser depositada exclusivamente em Deus.

            O Salmo 37 também nos fala em confiança acompanhada de bênçãos:

Não se aborreça por causa dos homens maus e não tenha inveja dos perversos; pois como o capim logo secarão, como a relva verde logo murcharão.
Confie no Senhor e faça o bem; assim você habitará na terra e desfrutará segurança.  
Deleite-se no Senhor, e ele atenderá aos desejos do seu coração. Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele agirá:
Ele deixará claro como a alvorada que você é justo, e como o sol do meio-dia que você é inocente.
Descanse no Senhor e aguarde por ele com paciência; não se aborreça com o sucesso dos outros, nem com aqueles que maquinam o mal.

            Esta é a verdadeira paz e justiça que os cristãos devem buscar constantemente. Confiar em Deus e buscar cumprir o que Ele ensina em Sua Palavra:

Trata com bondade o teu servo, Senhor, conforme a tua promessa.
Ensina-me o bom senso e o conhecimento, pois confio em teus mandamentos.
Antes de ser castigado, eu andava desviado, mas agora obedeço à tua palavra.
Tu és bom, e o que fazes é bom; ensina-me os teus decretos.

            A Bíblia está repleta de exemplos maravilhosos de bênçãos recebidas através da confiança em Deus, mas vamos destacar apenas mais um exemplo que vale por muitos, pois expressa de maneira firme e simples a confiança que o Senhor espera de nós:

Ali, junto ao canal de Aava, proclamei um jejum, a fim de que nos humilhássemos diante do nosso Deus e lhe pedíssemos uma viagem segura para nós e nossos filhos, com todos os nossos bens.
Tive vergonha de pedir soldados e cavaleiros ao rei para nos protegerem dos inimigos na estrada, pois tínhamos dito ao rei: "A mão bondosa de nosso Deus está sobre todos os que o buscam, mas o seu poder e a sua ira são contra todos os que o abandonam".
Por isso jejuamos e suplicamos essa bênção ao nosso Deus, e ele nos atendeu.

            Este é o grande exemplo que devemos seguir sempre em nossas vidas.
            Esdras estava iniciando uma jornada longa e perigosa, conduzindo o povo e seus bens de volta à Jerusalém, para cumprir com os serviços no templo. Creio que a primeira providência da maioria dos líderes, seria providenciar uma escolta de soldados armados para garantir a segurança, e vemos que isto passou pela mente de Esdras, quando ele mesmo diz que teve vergonha de pedir ajuda ao rei para esta situação, mas o compromisso com a Palavra de Deus falou mais alto ao seu coração e o levou a tomar a atitude correta, que foi proclamar um jejum e se humilhar perante Deus, pedindo por uma viagem segura.
            Lendo todo o livro, veremos que Esdras era um homem de caráter firme e decidido, e assim, podemos afirmar que a vergonha que sentiu não foi acanhamento, e sim, força de caráter.
            Esdras tinha uma difícil escolha a fazer: Uma fácil e simples seria pedir a escolta ao rei, que estava cheio de boa vontade e certamente não negaria, pois era evidente que a viagem seria perigosa. A outra escolha era a intercessão. Não era simples optar por interceder perante Deus, pois isto exigiria total confiança na proteção do Senhor e no cumprimento da Sua Palavra. Graças a Deus que o que prevaleceu em Esdras foi a força do caráter moldado pelo amor a Deus.

Devemos seguir o exemplo de Esdras e sempre optar pela intercessão, deixando de confiar na força do homem e confiando sempre no amor do Nosso Deus.



Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo.
Romanos 15:13






Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.


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