Dou-lhe este aconselho: Compre de mim ouro
refinado no fogo e você se tornará rico; compre roupas brancas e vista-se para
cobrir a sua vergonhosa nudez; e compre colírio para ungir os seus olhos e
poder enxergar.
Há um ditado que diz:
Tão pobre, mas tão
pobre, que só tinha dinheiro.
Este ditado me lembra
de muitas pessoas que colocam a riqueza como prioridade em suas vidas e deixam
a própria vida de lado. Tornando-se escravos das ambições.
Por mais riquezas que
estas pessoas consigam, nunca estão satisfeitas, querendo sempre mais e mais,
deixando até mesmo de desfrutar do que já tem.
Existem muitos
exemplos de gente que não soube fazer bom uso do que receberam e se tornaram
escravos.
Vamos ver um pouco da
vida de alguém que foi agraciado por Deus mas não soube tirar bom proveito
desta graça. Lembremos um Rei muito famoso:
O rei Salomão era o mais rico e o mais
sábio de todos os reis da terra.
Há várias coisas na vida de Salomão que
chamam a atenção, principalmente o fato de ter sido o homem mais rico de seu
tempo. Vamos agora observar um pouco mais de perto a riqueza deste grande
homem.
O princípio da riqueza de Salomão:
Em Gibeom o Senhor apareceu a Salomão num sonho, à noite, e
lhe disse: "Peça-me o que quiser, e eu lhe darei".
É importante ressaltar que Salomão não
era totalmente sincero perante Deus, pois havia se casado com uma das filhas do
Faraó do Egito, desobedecendo à Lei Mosaica, que proibia o casamento com
estrangeiros. Desde o início do seu reinado, Salomão já se inclinara para a
idolatria, mostrando um coração dividido.
Salomão aliou-se ao faraó, rei do Egito, casando-se com a filha dele. Ele a trouxe à cidade de Davi até terminar a construção do seu palácio e do templo do Senhor, e do muro em torno de Jerusalém.
1 Reis 3:1
Salomão aliou-se ao faraó, rei do Egito, casando-se com a filha dele. Ele a trouxe à cidade de Davi até terminar a construção do seu palácio e do templo do Senhor, e do muro em torno de Jerusalém.
1 Reis 3:1
Mesmo assim, Deus não lhe repreende,
mas oferece-lhe graça. “Peça-me o que quiser, e eu lhe darei.”
A situação de Salomão não era nada
simples. Ainda era bem jovem e já tinha em suas mãos a responsabilidade de ser
o Rei do povo de Deus.
A transição do reinado de Davi para
Salomão também não foi simples, como pode ser visto nos primeiros capítulos do
livro de 1 Reis. Várias decisões difíceis tiveram de ser tomadas, condenando
alguns homens à morte e outros ao exílio.
Em meio às turbulências deste início de
reinado, Deus lhe aparece num sonho, oferecendo ajuda. A decisão de Salomão
agradou tanto a Deus, que lhe concedeu muito mais do que havia pedido:
A teu servo, pois, dá um coração entendido para julgar a teu
povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque quem poderia
julgar a este teu tão grande povo?
E esta palavra pareceu boa aos olhos do Senhor,
de que Salomão pedisse isso. E disse-lhe Deus: Porquanto
pediste isso, e não pediste para ti muitos dias, nem pediste para ti riquezas,
nem pediste a vida de teus inimigos; mas pediste para ti entendimento, para
discernires o que é justo;
Eis que fiz segundo as tuas palavras; eis que
te dei um coração tão sábio e entendido, que antes de ti igual não houve, e
depois de ti igual não se levantará.
E também até o que não pediste te dei, assim riquezas como
glória; de modo que não haverá um igual entre os reis, por todos os teus dias.
E, se andares nos meus caminhos, guardando os
meus estatutos, e os meus mandamentos, como andou Davi teu pai, também prolongarei
os teus dias.
1 Reis 3:9-15
Deus cumpriu maravilhosamente com a
promessa, mas Salomão não fez a parte que lhe cabia, não andando nos caminhos
de Davi.
O que podemos entender é que Salomão
não aprendeu a honrar a Deus, sendo grato e usando corretamente o que havia
recebido.
É bom notar que Deus lhe deu sabedoria
e entendimento, mas as decisões seriam de sua responsabilidade.
Mesmo sabendo que Davi cometeu vários
erros, assim como Salomão, vemos a diferença no fato de que Davi sabia se
arrepender e clamar pelo perdão de Deus.
A sabedoria de Salomão chamou a atenção
de diversos reis, que certamente também sabiam que tamanha sabedoria também
significava que deveriam temer confrontar os exércitos deste rei.
Logo vieram as visitas estratégicas,
visando fazer alianças e evitar a guerra.
Tanta sabedoria e riqueza seriam
maravilhas na vida de Salomão, mas ele não usou a sabedoria para honrar a Deus,
e acabou se deixando levar pelos enganos do mundo pagão à sua volta, e por fim,
adorou a deuses estranhos.
Nestes tempos, após terminar de
edificar a casa do rei e o Templo, sua fama já corria por toda a terra e muitos
vinham de longe trazer presentes de todo tipo. Neste contexto, temos a menção
ao tão famoso número 666:
E o peso do ouro que se trazia a Salomão cada ano era de
seiscentos e sessenta e seis talentos de ouro;
1 Reis 10:14 Biblia king James e ACF
Muitos (principalmente os teólogos da
prosperidade) podem dizer que é uma grande benção de Deus, mas se olharmos um
pouco mais de perto, veremos que esta riqueza está em desacordo com a vontade
de Deus.
Grande parte deste ouro vinha de povos
que não deveriam estar vivendo em harmonia com Israel. Em troca deste ouro,
Salomão doou até mesmo cidades que pertenciam ao povo de Deus por herança,
passando a pertencer a povos estrangeiros. Esta mistura só trouxe prejuízos
para o povo, que acabou se misturando mais e mais aos costumes dos povos
estrangeiros e aderindo ao mal.
Se a promessa era que Deus traria
riqueza para Salomão, será que foi certo negociar até mesmo com a herança do
povo?
E sucedeu, ao fim de vinte anos, que Salomão edificara as
duas casas; a casa do Senhor e a casa do rei (Para o que Hirão, rei de Tiro,
trouxera a Salomão madeira de cedro e de cipreste, e ouro, segundo todo o seu
desejo); então deu o rei Salomão a Hirão vinte cidades na terra da Galiléia. E
saiu Hirão de Tiro a ver as cidades que Salomão lhe dera, porém não foram boas
aos seus olhos.
Existe um grande contraste entre a
promessa de Deus e as atitudes de Salomão. Se o Senhor lhe traria a riqueza,
deveria ele esperar e não agir por conta própria, desrespeitando a vontade de
Deus.
As consequências destas misturas entre
os povos, vemos em toda a história dos reis que sucederam à Salomão, pois
sempre houve o pecado de idolatria e paganismo, chegando ao ponto de todo o
povo ser levado cativo.
O numero 666 é famoso por fazer parte
da profecia do Apocalipse, mas como a grande parte das profecias, é mal
compreendido e acabou sendo alvo de muita especulação.
Vejamos a profecia:
E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres
e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, Para
que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome
da besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem
entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu
número é seiscentos e sessenta e seis.
A linguagem profética de Apocalipse é
extremamente simbólica e de difícil interpretação, por isto, é difícil afirmar
se realmente haverá uma marca real como muito se diz, imaginando-se que seja
até mesmo um microchip. Não podemos afirmar nem negar, pois sinceramente, espero
não estar aqui para viver este dia, mas uma coisa está clara: A tão falada
marca está intimamente ligada a aceitação do modelo econômico do Anticristo.
O sinal na mão e na testa está no Pentateuco. Relacionado às vestes sacerdotais.
Somente aqueles que aceitarem a
corrupção e a ganancia, que já imperam no mundo há muito tempo, terão
prosperidade na economia deturpada dos dias da tribulação.
O que vivemos hoje já é uma mostra
desta corrupção que cresce rapidamente.
Este mal está entranhado na sociedade
ocidental e oriental. No capitalismo e no comunismo. Nas religiões e na
filosofia.
Temos exemplos chocantes diariamente do
poder da ganancia destruindo vidas em todos os lugares deste mundo.
Na própria “Igreja” sofremos com
líderes gananciosos que usam a fé das pessoas para alcançarem seus próprios
objetivos de poder e fama.
Vemos esta praga espalhando-se
diariamente entre pregadores, cantores, pastores e outros que usam suas funções
para proveito próprio, trabalhando contra o Reino de Deus.
Como a verdadeira Igreja de Cristo, é
nosso dever orar em intercessão por estas vidas que se perdem e levam outros a
se perderem, e além de orar, buscar de Deus mais e mais graça, unção profética
e poder do Alto para combater o bom combate.
Sabemos que a grande dádiva do
evangelho é a vida de liberdade, sem o peso do pecado. Esta é a diferença entre
morte e vida:
Vocês estavam mortos em suas transgressões e
pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem
deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos
que vivem na desobediência.
Anteriormente, todos nós também vivíamos entre
eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e
pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira.
Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo
grande amor com que nos amou, deu-nos vida juntamente com Cristo, quando
ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos.
Neste texto, Paulo descreve a salvação
como sendo a vida entre os mortos, ou seja, o mundo está morto pelo pecado, mas
quem crê em Cristo, encontra a vida. O próprio Senhor disse que esta é a Sua
missão:
O ladrão não vem senão para roubar, matar e
destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.
Jesus é o Senhor da Vida, mas
infelizmente, muitos interpretam vida em abundância como sendo abundância de
bens materiais.
A própria Palavra de Deus não condena a
riqueza, mas condena a ganância.
Mas os
que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas
concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na
perdição.
Porque o
amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram
da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
Mas tu, ó
homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor,
a constância, a mansidão.
O rico e o pobre se
encontram; quem os faz a ambos é o Senhor.
O problema não está nas riquezas, mas na maneira de
adquirir e conviver com ela.
Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há de
odiar um e amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro. Não
podeis servir a Deus e a Mamom.
Lucas 16:13
Estamos
vivendo há muito tempo esta realidade. Os que abraçam a ganância pensam que
estão prosperando, mas o fim disto é bem claro.
Tu és justo, Senhor, quando apresento uma causa diante de ti.
Contudo, eu gostaria de discutir contigo sobre a tua justiça. Por que o caminho
dos ímpios prospera? Por que todos os traidores vivem sem problemas?
Jeremias 12:1
Leia o restante do capítulo 12 do livro de Jeremias e verá o fim dos corruptos
e corruptores.
Não podemos ficar de braços cruzados, assistindo à proliferação do mal, mas
devemos clamar a Deus de dia e de noite, e também vigiar para que não sejamos
levados pela onda maligna que ataca o mundo à nossa volta.
Vamos clamar ao Senhor para que Mamom seja arraigado do meio do nosso arraial e
então, possamos prosperar com a benção do nosso Pai.
Quando os fundamentos estão sendo destruídos, que pode fazer o justo?
O Senhor está no seu santo templo; o Senhor tem o seu trono nos céus. Seus olhos observam; seus olhos examinam os filhos dos homens.
Você diz: Estou rico, adquiri riquezas e não
preciso de nada. Não reconhece, porém, que é miserável, digno de compaixão,
pobre, cego e que está nu.
Dou-lhe este aconselho: Compre de mim ouro
refinado no fogo e você se tornará rico; compre roupas brancas e vista-se para
cobrir a sua vergonhosa nudez; e compre colírio para ungir os seus olhos e
poder enxergar.
Repreendo e disciplino aqueles que eu amo. Por
isso, seja diligente e arrependa-se.
Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a
minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo.
Como intercessores em favor de um
avivamento nestes últimos tempos, devemos ter cuidado redobrado com as
sutilezas de Mamom e interceder para que os outros, principalmente os próximos
a nós, que enfrentam problemas com este tema, sejam libertos e possam viver a
verdadeira vida abundante, que é estar sempre na presença de Deus, desfrutando
das maravilhas do Seu Reino.
Pois o
Reino de Deus não é comida nem bebida,
mas
justiça, paz e alegria no Espírito Santo;
aquele
que assim serve a Cristo é agradável a Deus
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