05 maio 2016

Exército de Deus - Parte 10 - Luz nas trevas






Contudo, nas cidades das nações que o Senhor, o seu Deus, lhes dá por herança, não deixem vivo nenhuma alma.
Conforme a ordem do Senhor, o seu Deus, destruam totalmente os hititas, os amorreus, os cananeus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus.
Se não, eles os ensinarão a praticar todas as coisas repugnantes que eles fazem quando adoram os seus deuses, e vocês pecarão contra o Senhor, contra o seu Deus.


            Nas reflexões anteriores, vimos a preparação do exército e a tomada das cidades distantes. Agora veremos a batalha mais importante que o Senhor nos convoca a participar.

A batalha da luz contra as trevas

            Muitos perguntam qual a diferença entre oração e intercessão e espero que esta reflexão possa ajudar no entendimento desta tarefa tão importante e mal compreendida que é a batalha espiritual.
            Orar é apresentar a Deus tudo o que está em nossos corações, sem restrições ou máscaras. Podemos apresentar nossos anseios particulares, ou os anseios que percebemos em outras pessoas.
            Mesmo sendo mais apropriadamente chamada de oração intercessora, há grande diferença entre orar e interceder. Para começar, vamos ver as definições de um dicionário online comum:

Aproximação da pessoa a Deus por meio de palavras ou pensamento. Inclui confissão, adoração, comunhão, gratidão, petição pessoal e intercessão pelos outros.
Invocar o nome do Senhor (Gn 4.26), clamar ao Senhor (Sl3.4), levantar nossa alma ao Senhor (Sl 25.1), buscar ao Senhor (Is 55.6), aproximar-se do trono da graça com confiança (Hb 4.16) e chegar perto de Deus (Hb 10.22).

Interceder é colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua causa, como se fora sua própria. É estar entre Deus e os homens, a favor destes, tomando seu lugar e sentindo sua necessidade de tal maneira que luta em oração até a vitória na vida daquele por quem intercede.
Por favor, interceda por mim

            Nestas definições simples, podemos ver que a intercessão vai além da oração, não apenas apresentando uma petição, mas se colocando no lugar de outra pessoa e sentindo suas dores e anseios como se fossem realmente nossos. Quando apenas oramos por outras pessoas, nem sempre podemos chamar de intercessão. Interceder não é apenas fazer petições. É sentir uma ligação sobrenatural com a pessoa que estamos representando que somente o Espírito Santo pode nos conceder.
           
            Nesta reflexão, em especial, veremos um objetivo de intercessão que vai além de pleitear causas de pessoas em particular. Nesta situação representada pelas cidades de possessão, o alvo não são apenas as pessoas e sim, o que Deus revelou através do Apóstolo Paulo.

Finalmente sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder.
Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do Diabo; pois não temos que lutar contra carne e sangue, mas contra os principados, contra os poderes, contra os governadores do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes.

            Muitos dão tanta ênfase à descrição da armadura que se esquecem de analisar qual o motivo real de se necessitar algo tão poderoso quanto armas espirituais vindas diretamente de Deus.
            As cidades distantes representam as pessoas para quem devemos levar a mensagem de Paz em Cristo e as cidades de possessão representam as forças de que Paulo fala em Efésios 6:10-12.
            Na Lei, a possessão está depois da paz, mas na Graça, é necessário primeiramente tomas posse para depois declarar a Paz.
            Esta figuração das cidades é maravilhosamente didática no aprendizado sobre a batalha espiritual para a qual o Senhor nos chama.
            A convocação, em Dt 20, era para todos os homens em idade suficiente para a batalha, mas os oficiais puseram todos à prova, quando falaram sobre a dedicação da casa nova, o desfrute da vinha, a consumação do casamento e o medo. Com isto, vimos que as provas apresentadas anteriormente, nos dizem que há muitos chamados e poucos escolhidos:

"Pois muitos são chamados, mas poucos são escolhidos".

               
            Uma vez escolhidos para participar da batalha, devemos compreender que estes dois tipos de cidades representam o mundo dominado pelo Império das Trevas e que devemos declarar guerra em nome do Reino de Deus.
            Império e Reino são duas formas de governo totalmente diferentes. Um império se caracteriza pelo domínio de terras e povos pela força, invadindo e escravizando, com o intuito de explorar riquezas, enquanto um reino se caracteriza pela administração com intenção do bem estar de seus integrantes.
            O Senhor nos libertou e espera de nós que participemos da libertação de outros que estão escravizados:

Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados.

            Antes de declarar a Paz de Deus para as pessoas, devemos batalhar contra as forças imperiais que mantém estas pessoas cativas. O Senhor iniciou este trabalho e nos deixou a ordem de dar continuidade. Para isto, enviou o mesmo Espírito que estava com Ele durante todo o tempo que curava, expulsava demônios, operava maravilhas e libertava o povo:

Tendo terminado todas essas tentações, o diabo o deixou até ocasião oportuna.
Jesus voltou para a Galiléia no poder do Espírito, e por toda aquela região se espalhou a sua fama. Ensinava nas sinagogas, e todos o elogiavam.
Ele foi a Nazaré, onde havia sido criado, e no dia de sábado entrou na sinagoga, como era seu costume. E levantou-se para ler. Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías. Abriu-o e encontrou o lugar onde está escrito:
"O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor".
Então ele fechou o livro, devolveu-o ao assistente e assentou-se. Na sinagoga todos tinham os olhos fitos nele; e ele começou a dizer-lhes: "Hoje se cumpriu a Escritura que vocês acabaram de ouvir".

            Este é o poder que opera através da Igreja e que está disponível primeiramente para derrotar as forças espirituais que prendem as pessoas e depois nos capacitar para o evangelismo. Somente vivendo na dependência do Espírito Santo, assim como Jesus vivia, seremos eficazes nestas duas formas de batalha.
            Destronar os principados das trevas e declarar a Paz são dois lados da mesma batalha que se apresenta para todos os que são aprovados pelo General, que é Cristo.
            Somos um exército na terra mas temos acesso direto às regiões celestiais pois o próprio Senhor dos Exércitos nos dá este acesso.

Abram-se, ó portais; abram-se, ó portas antigas, para que o Rei da glória entre.
Quem é o Rei da glória? O Senhor forte e valente, o Senhor valente nas guerras.
Abram-se, ó portais; abram-se, ó portas antigas, para que o Rei da glória entre.
Quem é esse Rei da glória? O Senhor dos Exércitos; ele é o Rei da glória!

            O Senhor está assentado nas regiões celestiais de que Paulo fala em Efésios e nos transportou para lá quando nos alistou e escolheu para a batalha:

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo. 
Esse poder ele exerceu em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e fazendo-o assentar-se à sua direita, nas regiões celestiais,
Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus, 

            Nos tempos da Antiga Aliança, os exércitos de anjos de Deus sempre estavam presentes nas ocasiões em que era necessária a intervenção divina e isto foi registrado para edificação de nossa fé:

O profeta respondeu: "Não tenha medo. Aqueles que estão conosco são mais numerosos do que eles".
E Eliseu orou: "Senhor, abre os olhos dele para que veja". Então o Senhor abriu os olhos do rapaz, que olhou e viu as colinas cheias de cavalos e carros de fogo ao redor de Eliseu.

            Na Nova Aliança, temos participação nas batalhas juntamente com estes exércitos. Quando nos apresentamos para a batalha da fé como intercessores aqui no plano terreno, os exércitos de anjos entram nesta mesma batalha no plano celestial. É desta forma que os poderes das potestades espirituais das trevas são derrotados e temos o caminho livre para declarar a Paz na terra.

            A oração que o Senhor nos ensinou declara esta maravilha:

Vocês, orem assim: ‘Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome.
Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.

            A batalha nas regiões celestiais santifica o Nome do Pai perante os inimigos e, desta forma, é liberado o Reino e a vontade de Deus, que é a salvação dos homens, primeiramente derrotando as forças espirituais das trevas e depois decretando a Paz.

Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ação de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade.
Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador, que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade.


Intercessão de hoje
Que a cada dia o exército de intercessores cresça em quantidade e poder de Deus, para que o Reino de Deus seja expandido e Seu nome seja Santificado.




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